domingo, 25 de outubro de 2009

O PV se mantém coerente com seus princípios

Na terça-feira, dia 20 de outubro, estiveram na Rádio Jacobina Fm, no programa Jornal das Sete, a convite, o Vereador Milton da Natureza, Ivan Aquino e Cledson Sady, representando o Partido Verde. Na pauta da entrevista estavam questões sobre a expulsão do vereador Noelson e a posição do PV quanto as próximas eleições, para governador do Estado, deputados estadual e federal, e presidente da república.
As respostas foram objetivas, claras e diretas, sem as famosas desculpas esfarrapadas dos políticos profissionais.
O vereador Noelson foi expulso do Partido Verde por infidelidade partidária. Teve toda oportunidade de provar o que dizia desde o meio da campanha, que era fiel ao partido, que não estava apoiando a candidatura da candidata do DEM e depois que apoiaria o vereador do PV, Milton Sena, para a presidência da Câmara. Não cumpriu com sua palavra, descumpriu outros itens o estatuto do PV e foi expulso, para que o partido se mantenha coerente com seus princípios e exija isso daqueles que queiram ingressar nas suas fileiras.O mandato será cobrado na justiça, mas o joio já foi separado do trigo.
Muitos “experientes” políticos diziam que o PV deveria manter o infiel, afinal o partido fizera dois vereadores, uma marca na atual Câmara de Vereadores. Se o PV aceitasse uns “acordos”, disseram os “macacos velhos”, teria muitas vantagens.
O PV prefere continuar “amador”; expulsou Noelson depois de ele ter dado todos os sinais de que nada tinha com a ética do partido. Enfileirou-se na bancada do DEM. No dia da eleição da Câmara de Vereadores ficou incomunicável, trancafiado numa sala, cercado por advogados e partidários do DEM, numa posição indigna para um representante do povo, especialmente para um partidário do PV ou de qualquer partido progressista.
Durante a entrevista acima citada, um dos repórteres perguntou se o PV também não haveria sido “infiel” em não apoiar a candidatura do ex-prefeito Rui Macedo para deputado Estadual, mesmo o tendo acompanhado no último pleito eleitoral. O repórter, como uma parte da população, confundiu a decisão coletiva de um partido, da sua executiva estadual, da de um membro do partido, de forma isolada e sorrateira. A decisão de apoiar a candidatura do PSDB, em 2004, foi do partido, juntamente com a maioria dos partidos políticos de Jacobina. A decisão de apoiar o PMDB, na reeleição de Rui Macedo, em 2008, foi do partido. Se alguém do PV, incluindo aí o vereador Noelson, não concordasse com essa posição, teria todo o tempo para mudar para o DEM ou para o partido que desejasse. Injusto e deselegante é usar o coeficiente eleitoral do PV para se eleger e depois ficar na posição de vítima, de coitadinho, e de coitadinho o infiel não tem nada.
O Partido Verde, de Jacobina e região, em assembléia com a executiva estadual, em maio deste ano, tomou como diretriz eleger deputado estadual do partido, pois temos deputados federais e não estaduais. Entendemos que a “tradição” política de Jacobina é de apoiar candidaturas ligadas aos dois grupos políticos da cidade (o arcaico carcará x jacu - se bem que hoje muitos desses pássaros dividem a mesma árvore) e que muita gente não consegue pensar diferente, uns por miopia política, outros por interesse em manter esse “BA x VI”.
Algumas pessoas teimam em enxergar uma ruptura do PV com o PMDB ou com Rui Macedo, o que é absolutamente um engano. Evidentemente, alguns falam desse assunto com interesse em fomentar picuinhas, típicas da política “tradicional” local, especialmente em ano não eleitoral, onde se sente falta do ambiente de fofocas e futricas. Outros não conseguem enxergar que um partido político possa ter vida própria longe da dupla “BA x VI”.
Mas, essa é a posição do PV; autonomia. Continuamos torcendo para que Rui Macedo consiga rever na justiça o último pleito eleitoral ao seu favor. O PV participou do governo Rui Macedo, atuando com dedicação e eficácia nas áreas de saúde, meio ambiente, SMTT, Guarda Municipal, assessoria jurídica, assistência social e na liderança do governo na Câmara. Nossa posição de ter candidato próprio para deputado estadual é partidária e não pessoal.
Outra decisão do PV foi lançar candidatura para presidente da república, que terá Marina Silva como candidata. Quanto ao candidato a governador, o mais provável será apoiar a reeleição do governador Jaques Wagner, embora para isto não tenhamos que fazer “acordos” com partidos de direita, nem deixar de cumprir nosso papel de oposição em Jacobina.
Assim, o Partido Verde de Jacobina se mantém absolutamente coerente com seu estatuto e com as decisões colegiadas. Talvez esse tenha sido o motivo de tanta surpresa para muita gente: um partido político pequeno (tivemos quase 7 mil votos na última eleição, será que somos tão pequenos aqui em Jacobina?) resolvendo as coisas de forma coletiva e não se vendendo aos “poderosos”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Atitudes como a do PV de Jacobina nos faz acreditar que ainda existe esperança de um meio político sério, com pessoas comprometidas com seus ideais.
Parabéns a todos.
Nilton Araújo.