terça-feira, 5 de outubro de 2010

OBRIGADO AMIGOS E AMIGAS!


Amigos e amigas de Jacobina e região:
Eu, Milton da Natureza e o PV de Jacobina, agradecemos a todos, os votos e a confiança depositados na minha pessoa e nos candidatos do PV.
Recebemos a missão de defender as candidaturas de Rose Bassuma, Edson Duarte, Luiz Bassuma e de uma mulher iluminada, reconhecida em todo mundo por sua história de vida, capacidade e ética, Marina Silva. O PV decidiu, nacionalmente, que nestas eleições teria candidaturas próprias para presidente e governador em todos os estados. Assim, defendendo o bem, o ser humano, os mais pobres, poderíamos não ganhar as eleições, mas saberíamos que estávamos do lado certo. Pensamos no futuro, na melhoria do país e na melhoria da qualidade de vida do ser humano, não apenas na conquista do poder.
Enfrentamos a calúnia, a inveja, trabalhamos com poucos recursos, mas olhando nos olhos das pessoas. Nunca fizemos nem faremos alianças espúrias, nem faremos trocas inescrupulosas em busca de voto ou do poder pelo poder.
Como diz Marina: Perder ganhando e não ganhar perdendo (a alma, a vergonha, a ética).
Missão cumprida. Marina teve uma expressiva votação em Jacobina e região. O PV deu sua contribuição para dias melhores para o país. Agora a vida segue e esperamos contar com vocês por melhores dias para Jacobina e região, para a Bahia e para o Brasil.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Marina ataca; Dilma e Serra evitam confronto em debate


No debate entre presidenciáveis realizado ontem à noite pela TV Record, Marina Silva (PV) mudou sua estratégia e decidiu partir para o ataque com críticas tanto a Dilma Rousseff (PT) quanto a José Serra (PSDB).

A petista e o tucano, por sua vez, evitaram o confronto direto. A única oportunidade em que houve pergunta de um para o outro foi ao final do primeiro bloco, quando Serra foi obrigado pelas regras a se dirigir a Dilma.

Luiz Gonzalez, marqueteiro do tucano, diz que a explicação é simples: ao perguntar para o adversário, é o rival quem dá a última palavra.

Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), quarto participante do debate, repetiu a atuação de franco-atirador, provocando risos na plateia mais de uma vez.

A estratégia de Marina é reflexo direto de seu crescimento nas pesquisas. Na propaganda eleitoral, ela tem insistido na possibilidade de ir para o segundo turno.

De acordo com o Datafolha, a candidata do PV cresceu três pontos no mês de setembro, passando de 10% para 13%. Serra, em segundo lugar, ficou com 28%.
Marina buscou o confronto com Serra do começo ao fim do debate, que teve audiência média de 9,5 pontos, segundo dados preliminares do Ibope (cerca de 570 mil domicílios na Grande SP).

Já no primeiro bloco ela dirigiu duas perguntas ao tucano. E, nas considerações finais, Marina voltou a bater em Serra, acusando-o de enfileirar promessas mirabolantes na véspera da eleição.

O tucano ficou impaciente e ameaçou pedir direito de resposta, mas foi desaconselhado por aliados e desistiu.

Mas Marina não se limitou a confrontar Serra. É que, para eventualmente ir ao segundo turno, ela não pode apenas roubar votos do tucano. Também precisa abalar o desempenho de Dilma.

No terceiro bloco, perguntou à petista que garantias poderia dar de que escândalos de corrupção não se repetiriam em seu governo.


Dilma, na tréplica, fugiu do script e se irritou com Marina. Ao responder o que fez para evitar que a corrupção se repetisse, afirmou: "As mesmas providências tomadas por você como ministra".

Dilma se referia a investigações da Polícia Federal no Ministério do Meio Ambiente quando Marina cuidava da pasta, no governo Lula.

Os escândalos de corrupção que têm servido de munição para a propaganda eleitoral de Serra, porém, estiveram praticamente ausentes.

O episódio da Receita Federal, em que foram quebrados o sigilo fiscal de pessoas ligadas ao tucano, não foi nem sequer mencionado.

E o esquema de corrupção na Casa Civil que levou à queda da ex-ministra Erenice Guerra, sucessora de Dilma no cargo, foi evocado poucas vezes, mas não por Serra.

O tucano, na única ocasião em que perguntou a Dilma, mencionou suposto loteamento das agências reguladoras, como a Anvisa.

Dilma e Serra tiveram apenas outro confronto no debate, quando a jornalista Ana Paula Padrão perguntou ao tucano por que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não aparecia em sua propaganda eleitoral.

Dilma, a quem coube comentar a resposta, disse que tem orgulho de Lula e que achava estranho que Serra use a imagem do presidente em seu programa.



Fonte: folha.com

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Marina sobe e Dilma cai,segundo pesquisa do Datafolha.


“Começou a derrota da arrogância de quem achava que o jogo já estava ganho antes mesmo de terminar”, afiirmou o deputado federal e líder da bancada do Partido Verde na Câmara, Edson Duarte, comentando sobre a última pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada nesta quarta-feira (22) pelo Jornal Nacional, da Rede Globo.
A enquete aponta queda nos índices da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, que viu sua vantagem para o rival do PSDB, José Serra, cair de 24 para 21 pontos. Já a candidata do Partido Verde na disputa, Marina Silva, subiu de 11% para 13%. Uma mudança de 5 pontos percentuais em uma semana.
“Vamos virar este jogo no segundo turno! O Brasil não pode se transformar numa nova Venezuela, onde o Estado exerce o controle sobre a vida de todos, ou num time que só faz o que o comandante mandar”, disse Edson Duarte – que é candidato a senador da Bahia pelo PV.
A pesquisa do Datafolha divulgada nesta quarta foi realizada nos dias 21 e 22 de setembro, com 12.294 eleitores, entrevistados em 444 municípios do País. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.

22.set.2010 - Ass. Imprensa
Augusto Queiroz – DRT-BA 899(71) -9979-5368

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Marina Silva Sobe Para 21% das Intenções de Voto


Marina Silva Sobe Para 21% das Intenções de Voto
Entre os eleitores com nível superior de escolaridade, Marina Silva subiu na última pesquisa, segundo o Estado de São Paulo, para 21% dos votos. Ela é a herdeira do fracasso da campanha do Serra, algo previsível.
Entre os eleitores com renda acima de 5 SM, a classe média brasileira, ela subiu para 19% das intenções de voto, e segundo informações do Guilherme Leal, somente 40% da população de fato conhece algo sobre a Marina.
Ou seja, ela teria sob este raciocínio, 50% das intenções de voto, se todos as conhecessem. Nada mal.
Mesmo perdendo estas eleições, ela se torna uma candidata nata para 2014, com muito mais chances. Lula foi crescendo assim, de eleição perdida em eleição. Serra não será candidato em 2014.
Marina Silva ainda pode conseguir nestas duas semanas o apoio, até agora negado, da Assembleia de Deus, igreja pentecostal com mais de 8 milhões de adeptos.
Além de outras igrejas evangélicas, o que faria uma enorme diferença, e convenceria os eleitores órfãos do Serra, uma outra forma de mostrar oposição.
Serão duas semanas interessantes, se isto acontecer
Fonte: http://blog.kanitz.com.br

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Resposta de Marina Silva ao Bispo D. Moacyr


No sábado passado, a ‘Folha’ publicou reportagem com *Dom Moacyr Grechi*, 74 anos, arcebispo de Porto Velho e mentor político da senadora Marina Silva. Para ele, não existe “nenhuma esperança de vitória. Falta nela o perfil de presidente. Mais que perfil, a capacidade de reagir a pressão de todo o gênero. Ela é muito frágil para aguentar”.
Amigos desde 1974, Dom Moacyr disse que Marina tem pouco “jogo de cintura” e sua fragilidade ficou comprovada quando ela dirigiu o Ministério do Meio Ambiente (2003-2008). “Ela vivia em uma angústia constante.”

Em artigo hoje, na ‘Folha’, Marina contesta o seu mentor. Eis o texto dedicado
“Ao amado Dom Moacyr”:

“Li na Folha (22/5) sua afirmação de que sou frágil e não tenho perfil para a Presidência da República. No início, fiquei triste. Já tinha ouvido algo parecido do senhor, de forma carinhosa, mas ler assim como está no jornal tem outro peso. Refletindo mais, reconciliei-me com sua mensagem.
Quando ando por aí, muitos me dizem que minha luta é de Davi contra Golias. Então vamos conversar sobre passagens bíblicas, que conhecemos bem. Elas se completam e iluminam o que quero dizer.
Quando Saul terminava seu reinado, Deus mandou o sacerdote e profeta Samuel ungir novo rei entre os muitos filhos de Jessé. O profeta procurou entre os mais belos, os mais fortes e os mais habilidosos, mas Deus descartou todos.
Jessé lembrou então de Davi, o seu filho mais novo, que pastoreava ovelhas. O profeta o achou muito fraquinho, meio esquisito. Mas Deus ordenou que o ungisse rei dos israelitas, porque olhava para o seu coração, e não para a sua aparência.
Foi assim que Davi foi escolhido para ser rei. E logo provou seu valor ao enfrentar Golias, o gigante filisteu, guerreiro acostumado a usar escudo, capacete e armadura e a manejar a espada. O jovem Davi, aparentemente fraco e sem muito preparo para aquele tipo de duelo, ganhou a luta porque não tentou usar a armadura de Saul, que lhe fora ofertada e nem lhe cabia direito. Usou sua própria arma, a funda, e ali colocou a pedra para jogá-la no lugar certo, na testa do gigante.
Assim como o senhor, Dom Moacyr, Samuel era homem corajoso, temente a Deus, preparado para o sacerdócio desde um ano de idade. O senhor é muito importante na minha vida, da mesma forma que Samuel foi na vida de Davi. E está me vendo com olhos cuidadosos, preocupados com circunstâncias que talvez me causem sofrimento.
Mas, como sabe por experiência própria, não podemos ficar presos às circunstâncias.
Quando o senhor chegou ao Acre, aos 36 anos, enfrentou os poderosos e ficou do lado de Chico Mendes e de todos os que eram aparentemente fracos e despreparados para enfrentar os gigantes das motosserras.
Como me ensinou, não me intimido com as circunstâncias e procuro me encontrar com o que está no coração de homens e mulheres sinceros, que, como o senhor, buscam fazer o melhor, apesar das dificuldades e riscos. Aprendi com o senhor boa parte dos valores que me guiam, entre eles não vergar a coluna às pressões dos interesses espúrios.
Por favor, meu amado irmão, não me diga agora que esses valores não servem para governar o Brasil e me fragilizam. Tranquilize-se: eles são e continuarão sendo a minha força e a minha funda diante dos desafios, qualquer que seja o tamanho deles”.

MARINA SILVA

domingo, 19 de setembro de 2010

MARINA DIZ QUE NÃO ENTRA NO VALE-TUDO ELEITORAL


A candidata do PV à Presidência, Marina Silva (PV), disse que não praticará o "vale-tudo eleitoral" ao justificar a possibilidade de explorar o escândalo na Casa Civil em sua campanha. "Quando você é uma terceira via, você tem que se comportar de fato como terceira via, porque lutar com as mesmas armas é se transformar naquilo que você está combatendo. Ética na política requer, inclusive, ética com adversário", afirmou a candidata durante visita a Porto Alegre. Marina Silva cobrou do Ministério Público, da Policia Federal e do Tribunal de Contas da União a apuração das denúncias que provocaram a queda da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra na semana passada.
Site: Bahia Notícia

terça-feira, 14 de setembro de 2010

EDSON DUARTE: Candidato verde ao Senado é o único realmente "Ficha Limpa".


O candidato do Partido Verde ao Senado pela Bahia, Edson Duarte, é o único dos concorrentes ao posto que é oficialmente reconhecido como sendo “ficha limpa”. A informação é do site www.fichalimpa.org.br, mantido pela Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade (Abracci) e Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), como instrumento de auxílio e esclarecimento do eleitor nestas eleições.
A inclusão do nome de Duarte no site da Abracci significa que todas as despesas e receitas da sua campanha estão divulgadas em seu site pessoal (www.edsonduartepv.com.br), pois para se cadastrar no Ficha Limpa é necessário, dentre outras coisas, tornar pública a prestação de contas da campanha.
“Para mim, que fui um dos batalhadores desta causa, a inclusão do meu nome neste site é uma questão de honra, pois a Lei da Ficha Limpa foi aprovada graças à mobilização de milhões de brasileiros e se tornou um marco fundamental para a democracia e a luta contra a corrupção e a impunidade neste país”, frisou Edson Duarte, que é deputado federal pelo segundo mandato e líder do PV na Câmara.
Ele ressaltou ainda o fato de ser o único candidato ao Senado pela Bahia a protocolar junto ao TRE “um documento com as minhas propostas para ser cobrado pelo eleitor após as eleições”.

Organizações

A Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade (Abracci) é uma rede de 78 entidades com a missão de “contribuir para a construção de uma cultura de não-corrupção e impunidade no Brasil por meio do estímulo e da articulação de ações de instituições e iniciativas com vistas a uma sociedade justa, democrática e solidária”.
Já o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) é composto por 46 entidades cuja atuação se estende por todo o país. Com sede em Brasília (DF), acompanha de perto a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mantém contato com os responsáveis pela adoção de medidas que favoreçam a lisura do processo eleitoral em todo o Brasil.
14set2010
Ass. Imprensa
Augusto Queiroz – DRT-BA 899

MOVIMENTO 'JACOBINA AGONIZA/UTI E SAMU JÁ!'

MOVIMENTO 'JACOBINA AGONIZA/UTI E SAMU JÁ!'
A saúde em Jacobina está na UTI
Atualizada em 14/9/2010 à 0h11 - Enquanto a política de saúde pública traçada para o Brasil é descentralizar o atendimento, instalando UTIs, Samus e UPAs nas cidades pólos de cada região, nada tem sido feito nos últimos anos para melhorar o sistema de saúde em Jacobina e região.
Muitos cidadãos têm perdido a vida por falta de UPAs (Unidade de Pronto-Atendimento), por falta de um socorro especializado em casos de acidente (Samu) ou por falta de uma UTI nas proximidades.
A população de Jacobina e região não pode aceitar este estado de abandono e desinteresse, não aceitar que nossos familiares, amigos e conhecidos continuem morrendo de maneira banal por falta de atenção. Vamos juntar nossas forças e lutar pelo que é direito nosso.
Participe do manifesto em prol da saúde pública de Jacobina.
Reivindicamos: Samu 192 e UTI.
Concentração na Praça da Missão no próximo dia 17, às 9h. Sua presença é indispensável.
Sua omissão pode custar vidas.
MOVIMENTO "JACOBINA AGONIZA: UTI E SAMU JÁ!"
Fonte: Blog Corino Urgente

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

DILMA, O CURUPIRA E SUPOSTAS CORRUPÇÕES

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O jogo que está sendo jogado em torno do escândalo envolvendo um suposto lobby centralizado por Israel Guerra, filho dileto de Erenice Guerra, atual chefe da Casa Civil e braço direito de Dilma, não dará em nada. A revista “Veja” apresenta o processo de corrupção com “taxa de sucesso” de 6% sobre R$ 85 milhões de um negócio envolvendo os Correios, cuja matéria gerou o segundo escândalo no coração da campanha do PT. O primeiro foi a quebra do sigilo fiscal de tucanos, entre eles da filha de Serra, Verônica, e do seu genro, Alexandre. A oposição quer agora uma investigação do Ministério Público. Será eleitoralmente inócuo. Não haverá tempo para ter reflexo nas eleições. De outro modo, o PT cuida de blindar Dilma. Pelo que se observa, conseguirá. A pergunta que fica é se, comprovado tudo o que está no ar e com a provável eleição de Dilma, como ela subirá a rampa do Palácio do Planalto? Como o Curupira, com os pés virados para trás? E como governará este país? Aí, sem problemas. Governa-se o Brasil convivendo, porta comporta, com a corrupção.

(Samuel Celestino- Bahia Notícias)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

"Plano de Governo do Partido Verde"


PARTIDO VERDE - 43
Jacobina - Bahia

CONVITE

A Direção do Partido Verde de Jacobina convida a população de Jacobina e Região para participar da apresentação do “Plano de Governo do Partido Verde”. O evento contará com a presença do candidato a governador Luiz Bassuma, candidato ao senado Edson Duarte, candidata a deputada federal Rose Bassuma e candidato a deputado estadual Milton da Natureza.

Dia: 10/09/2010 (sexta-feira)
Local: Auditório da UNEB
Horário: 19:00Hs.

Sua presença é importante nesse evento que fortalece a democracia!

domingo, 5 de setembro de 2010

Entrevista de Bassuma no Bahia Notícias


Por Evilásio Júnior, Gusmão Neto e Lucas Esteves –site Bahia Notícias

Bahia Notícias - Em todas as pesquisas de opinião, o PV apareceu sempre com 1% de intenção de votos e estacionou neste número. Diante disso, como conseguir fôlego, animação, para levar a campanha até o final?
Luiz Bassuma - Eu sou adepto da seguinte teoria: Nada mais forte do que uma ideia cujo tempo é chegado. Acho que as ideias que o PV defende não seriam possíveis 10, 20 anos atrás. Mas hoje, elas são absolutamente necessárias e as pessoas estão aceleradamente despertando para isso. Eu sinto isso nas conversas, debates, é impressionante o grau de receptividade quando as pessoas conhecem. Claro que nós temos uma série de dificuldades no sentido de visibilidade. O meu nome não é conhecido, o PV não é conhecido, é a primeira vez que disputa uma eleição. Então a pesquisa pra mim continua apontando isso: grau de visibilidade e de conhecimento de candidaturas e de partidos. E no Brasil, assim como na Bahia - a Bahia é um Brasil em miniatura -, 60% dos eleitores so define seu voto mesmo quando falta uma semana para a votação.
BN - Como ainda falta um mês para a votação, qual vai ser a estratégia do PV para conseguir o voto destas pessoas? É concentrar mais nos debates, levar a campanha mais para o interior?
LB - Eu tinha essa vontade. A Bahia concentra 60% da população em 15 cidades. Como a Bahia é um país, andar por toda a Bahia é quase impossível, então nós temos que priorizar. Não tem como uma campanha com estrutura tão ínfima como a nossa, pobre do ponto de vista material, mas cheia de ideias, cheia de energia, dar conta do que temos que fazer senão houver prioridades. Então estamos nos concentrando nos debates. Todos os que já aconteceram eu vou. Esta entrevista é a quarta que eu vou e ainda tem mais duas. Claro que às vezes a gente reune poucas pessoas e não importa a quantidade, mas sim a qualidade. Muitas vezes a gente tem pessoas que saem dali motivadissimas e isso tem um efeito multiplicador enorme.
BN - No caso do PV não ir de fato para o segundo turno, já existe a discussão sobre as possíveis alianças com algum dos grupos que avance na eleição? Existe algum grupo que tenha mais afinidade com o PV?
LB - Primeiro tem isso, a gente acredita porque se a política fosse uma ciência exata, matemática, não tinha sentido nem fazer esta disputa, porque o mais poderoso, que tem mais estrutura e mais tempo de televisão, teria vencido. Mas a história está cheia de exemplos de que, de repente, um acontecimento pode mudar tudo. A política depende de ações, momentos, fatos que possam mudar tudo a qualquer momento. Eu acredito ue o segundo turno vai acontecer pelas características conjunturais da Bahia, que é diferente do país. Wagner e Lula são duas coisas muito diferentes. O povo sabe diferenciar muito bem o que está acontecendo no Brasil, com o fenômeno social de Lula, e o que acontece na Bahia com Wagner. Três condições são essenciais para o povo avaliar se o governo vai bem ou não: Educação, Saúde e Segurança. Eles respondem por 90% das necessidades do povo. Na Bahia, a educação vai mal, a saúde vai pior e a segurança é um caos. Então, pra mim, o segundo turno é inevitável. Podemos não ir para o segundo turno e, se não formos, temos que evitar o pior, não tem jeito. Mas se eu te responder hoje, estarei dando uma resposta prematura, porque ainda tem quase um mês de campanha e como a nossa aliança não pode ser pragmática, por cargos e participação, tem que ser por mudanças perceptíveis no programa de governo dos outros candidatos. E nenhum dos programas dos outros candidatos nos agrada. Portanto, seria prematuro afirmar sobre isso agora. Seria irresponsável, leviano, eu diria, porque temos que decidir isso em grupo.
BN - Como é o típico processo de captação de recursos para a campanha do PV? Quem atende e quem doa dinheiro para o PV em 2010?
LB - O PV é um pouquinho exigente. Não que seja assim radical, que não podemos aceitar. Eu nunca perdi uma eleição, mas sempre as minhas campanhas foram muito pobres. E nunca faltou o necessário, sempre foi o mínimo. E nesta campanha, eu digo que isto também está acontecendo. Nós batemos em algumas portas e esas portas não se abriram pra nós. E que portas são essas? De doadores que querem doar porque entendem a importância da campanha mas não querem a barganha, até porque eles sabem que não somos favoritos. Eu sempre costumo brincar quando eu encontro uma pessoa disposta a fazer uma doação, ainda que sejam poucos esses encontros, mas eles acontecem. Só tem dois tipos de pessoas que têm dinheiro e apoiariam o nosso projeto: ou uma pessoa amiga minha, e eu não tenho esses amigos, ou uma pessoa com uma visão de mundo muito avançada. A Marina teve essa vantagem, encontrou o Guilherme Leal (candidato a vice e presidente da Natura), mas a minha vice é uma pessoa muito pobre. A Lília (Amorim), que é uma cadeirante, nós realizamos o sonho dela, que era ter uma cadeira de rodas. A gente se juntou e deu uma cadeira para ela. Eu não tive o mérito de ter um vice que tivesse uma situação confortável. Mas acho que está bom. Eu uso sempre Francisco de Assis, com uma frase muito bela que diz: "Comece fazendo o que é necessário, continue fazendo o que é possível que, de repente, você estará fazendo algo impossível". Traduzindo isso para a política, fazer o necessário para um político é ser honesto. O segundo passo é optar sair dos seus interesses pessoais e dedicar seu tempo e abrir mão de suas coisas para cuidar dos outros, do mundo à sua volta. Se você age assim, de repente você estará fazendo algo impossível, que pode ser um partido pequeno, com estrutura pobre, vencer as eleições.

"(...) Pessoas como essas duas (Juliano Matos e Beth Wagner) não mereceriam mais estar usando a imagem e a legenda do PV."
BN - Falando sobre Wagner e Lula, como está aquela antiga rusga com Juliano Matos e Beth Wagner, que do PV ainda lutaram para que o partido apoiasse Wagner nestas eleições e sofreram ações da comissão e ética do partido? No debate da Band, o senhor deu uma alfinetada em duas pessoas que seriam "empregados" do governo Wagner. São essas as duas pessoas?
LB - Acho que essa eleição, independente do resultado eleitoral, na Bahia e no Brasil, ela é um divisor de aguas. Estou convencido disso cientificamente.É um divisor de águas para o PV e para a política baiana e brasileira. Na minha opinião, o PT atingiu seu ápice na história dos partidos políticos e começou a decair. O PMDB, não preciso dizer, ja teve o seu momento lá atrás, assim como o PSDB e DEM também, só para citar os maiores. Então emergem dessas eleições uma nova alternativa que é uma planta e precisa ser cuidada com carinho. Então vai haver uma separação natural do joio do trigo. Então pessoas como essas duas, que integravam o governo Wagner, eram do PV e depois da nossa chegada, em que rompemos com Wagner, elas continuaram no governo até o último dia que a lei permite, contrariando a decisão do partido, elas não mereceriam mais estar usando a imagem e a legenda do PV. Estão ainda porque eu descobri que, por enquanto, o partido é bastante tolerante, mas eu acho que isso tende a mudar, porque senão o partido não mantém sua identidade.
BN - O candidato do Psol ao governo, Marcos Mendes, afirma que a candidatura do PV não difere muito da de Wagner ou Paulo Souto e Geddel, por exemplo. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
LB - Eu costumo dizer sempre de maneira bem pedagógica e direta. Entre essas cinco alternativas presentes hoje, quem não quer que nada mude vota em Wagner. Quem quer mudar só um pouquinho tem a opção com Geddel. Mas por que mudar um pouquinho? Porque PT e PMDB são sócios em um projeto nacional e sócios bastante integrados. Quem quer voltar a uma coisa que já conhece é Paulo Souto, óbvio, sem fazer aqui qualquer juízo de valor. Mas quem quiser uma mudança profundamente sectária opta pelo PSol. Eu respeito a visão de mundo deles mas discordo. É uma visão ainda do século 20, da época da luta de classes, muro de Berlim. O mundo acelerou muito socialmente, na política, na visão de mundo. Então o PV se coloca como a única mudança real a prática política. Isso é o que me estimulou, senão eu não sairia do PT, mesmo da forma que saí, para aceitar esse desafio que eu sabia ser difícil, só não sabia que seria tão difícil (risos). Não pelas dificuldades materiais, mas pelas pessoas. Quando saí do PT, era normal ter luta de tendências, mas o partido é grande. No PV, que é pequenininho, passamos por problemas com algumas pessoas que foram muito sérios, como com o ministro Juca (Ferreira), o que causou muito desgaste pra nós. Mas isso tudo é aprendizado, estou ciente disso.
BN - Como é a rotina da campanha? O que o senhor faz desde que acorda até o momento em que vai dormir durante os dias em que divulga sua candidatura?
LB - Primeiro, eu sempre, e hoje com muito mais intensidade, medito um pouco e oro. Porque alguns erros eu não sou permitido cometer. Ao longo da minha vida, eu consegui resistir bastante e agora mais do que nunca a gente vai ter que ter coerência, e o preço da coerência é um preço muito caro a ser pago. Isso ajuda a manter a minha disposição e me manter firme nos meus princípios. Segundo é que todo dia acontece alterações de agenda. Agora eu estava certo de uma viagem para fazer a Vitória da Conquista mas foi cancelada e transferida para Guanambi, depois cancelou de novo. Então nós temos uma estrutura muito pequena, deficiente, e tudo fica muito mais difícil de organizar. Mas o que tem acontecido e deixado o meu coração repleto de emoção? Temos encontrado pessoas em atividades, que às vezes reúnem 50 ou 100 pessoas, mas em duas ou três você percebe um vigor, uma vibração e disposição para se doar. Tive um exemplo magnífico em Feira, quando estava atrasado para uma palestra em uma faculdade da cidade. Então me disseram que eu tinha de visitar uma pessoa que era um deficiente físico, Henrique, e que ele queria me conhecer, mas eu disse que estávamos atrasados. Mesmo assim, decidi atrasar mais meia hora e fui fazer a visita. Henrique tem 25 anos de idade, é de uma família muito pobre de Feira de Santana, não tem pernas, tem os braços atrofiados, mas ganhou um computador e escreve, se articula, acompanha tudo. E ele perguntou pra mim emocionado "como é que posso te ajudar?". Uma experiência dessa compensa tudo. É uma pessoa, mas isso dá uma diferença que o mundo não está acostumado a avaliar. O mundo avalia festas, multidões. Eu dou valor para esses episódios. Eles têm um valor que você não tem ideia do que significam no processo político.

"Só tem dois tipos de pessoas que têm dinheiro e apoiariam o nosso projeto: ou uma pessoa amiga minha (...), ou uma pessoa com uma visão de mundo muito avançada."
BN - É verdade que o senhor tem tido problemas com a comunidade espírita porque estaria se utilizando do discurso espírita para capitalizar votos?
LB - Pelo IBGE, o número de espíritas do Brasil é 3%, na Bahia é um pouquinho mais. Seria uma coisa estranha da minha parte, uma vez que eu lido com católicos, evangélicos, agnósticos, ateus, expressar a minha condição de espírita. O que eu ganho com isso do ponto de vista eleitoral? Só teria uma, se eu fosse candidato e deputado dos espíritas. Nunca fui. Por que é que eu explicito essa minha condição? Primeiro porque eu acho que rótulo não significa nada na vida de ninguém. Você aquilo o que você faz, pensa e age no seu dia a dia. Mas eu me sentiria ingrato com Deus se uma coisa que na minha vida me faz bem, não pelo aspecto religioso, mas pelo conhecimento que o espiritismo me trouxe, não fosse explicitada apenas para que as pessoas saibam disso. Eu, que estou na política, nunca usei isso no sentido eleitoral. Por exemplo, o centro onde eu trabalho há 30 anos no Nordeste de Amaralina com crianças pobres e nunca tivemos votos de lá, nunca fizemos campanha nem no centro e nem no bairro, onde eu estou há décadas. Na última eleição, quando tive 70 mil votos, no bairro eu tive 200 e pouco. Quando fui vereador, tive 4.500 votos, no bairro em que eu faço trabalho social com crianças tive 22. E o bairro elegeu sozinho na época dois vereadores: Dr. Gilberto e Davi Ornellas. E sabe por que eles foram eleitos? Porque fazem festa às vésperas da eleição. Eu faço trabalho social com crianças. Então eu estou com a consciência limpa, estou tranquilo com isso. As críticas sempre aparecerão. Só não tem críticas quem não está se esforçando para fazer alguma coisa de bom nesse mundo.
BN – De todas as propostas de todos os candidatos ao governo este ano, a mais diferente do comum é a da criação da Secretaria da Paz oferecida pelo PV. Poderia nos falar um pouco mais dela?
LB – Como eu já tenho dito, acredito que a segurança na Bahia está um caos e vou dar um dado que diz tudo. O índice de homicídios em Salvador, que era alto em 2006, estabilizado em 35 por cada 100 mil habitantes, passou para 68. Nos países ditos civilizados, a média é de 6, 6. No Chile chega a 3. É a capital que mais mata no Brasil. Então nós propomos mudar o nome da secretaria pra Secretaria da Paz e da Segurança Humana, porque assim nós mudaremos a essência da gestão da secretaria. Quais são os dois vetores cruciais para desmontar esse modelo que está aí? Prevenção e cultura da paz. O que é a prevenção? Inteligência. Muito investimento em inteligência. Externa, para eliminar o crime organizado, mas interna, que é a corregedoria. Se existe uma área que não pode ter maus funcionários é a polícia, porque um policial corrupto pode colocar tudo a perder. E por que a cultura da paz? Vou te dar um exemplo chocante. Por que Salvador é a capital que mais mata? Existem 700 mil armas clandestinas e ilegais na Bahia. Isso são dados extra-oficiais, de ONGS. O povo da Bahia está armado. Isso faz com que pessoas por nada, por paixão, desequilíbrio, use uma arma para matar. É o papel do Estado desarmar a população. Existe um estatuto para isso e só existe um posto de desarmamento na Bahia, que fica em Feira de Santana e pertence a uma ONG que levou um ano até conseguir autorização do governo para isso. Então a nossa proposta é fazer igual a Japão e Costa Rica fizeram. Cito estes dois países porque eles são radicalmente diferentes. Cultural, economicamente, tudo. Os dois introduziram essa mudança cultural na Segurança Pública há 20 anos. Sabe qual o número de homicídios no Japão, um país de 130 milhões de pessoas, no último ano? Três homicídios. Na Costa Rica foi zero. E o Brasil, sabe quanto foi? 39 mil pessoas morreram. É o país que mata mais que qualquer guerra no mundo. Então nós estamos diante de um modelo que está falido, mas temos de ter coragem para mudar isso. É isso que nós vamos propor. Porque esta mudança traz efeitos de curtíssimo prazo, de médio e de longo prazo. A de longo prazo é a cultura da paz. Para as pessoas entenderem que a violência não resolve nada. A paz é a solução definitiva para os problemas, quando ela é bem usada.
BN – Diante da principal bandeira do PV, que é a sustentabilidade, de que forma o senhor enxerga essa cosia das barracas e a polêmica dos Transcons em Salvador?
LB – A questão das barracas, apesar de ser uma decisão federal, ela mostra uma deficiência enorme na nossa cidade. Isso passa por todos os governos, mas especialmente pelo último, porque você deixou uma coisa perder o controle, ou seja, a ocupação desordenada das nossas praias era uma cosia que chocava, não é. A gente que mora aqui e vê isso todo dia acaba se acostumando, mas as pessoas que vêm de fora ficavam chocadas. São dois extremos: antes, como estava, era ruim, e da forma como foi, ficou pior. Então, o que deveria ter acontecido, que era o caminho do meio? O ordenamento responsável do uso responsável desse espaço. É dos costumes do povo ir para a praia e a praia é verdadeiramente o único entretenimento verdadeiramente democrático que nós temos, porque ninguém paga pra ir à praia. Mas há o costume também de usufruir das barracas, então a falta delas é uma coisa que além de causar crise nas pessoas que são comerciantes, causa também nos usuários.

"Quais são os dois vetores cruciais para desmontar esse modelo (de violência) que está aí? Prevenção e cultura da paz."
BN – Mas o Projeto Orla da União foi feito por Marina Silva.
LB – É, mas ela não teve como fugir de, quando era ministra do Meio Ambiente, de cumprir com a sua tarefa. Então o Estado não pode deixar de cumprir seu papel como executor do bem público. No caso existem também as leia da Marinha, que são muito restritivas, e estavam sendo descumpridas. Volto a dizer: tudo é uma questão de ordenamento. Se as praias de salvador tivessem tido um ordenamento racional, tenho certeza que isto não teria acontecido?
BN – Falando em Marina Silva, por que ela ainda não apareceu fisicamente na campanha do PV da Bahia?
LB – Boa pergunta (risos), porque ela veio duas vezes para a Bahia e todas foram tão complicadas... O que eu aprendi na vida? Eu digo “está aqui, a Bahia é o quarto colégio eleitoral do Brasil”. O PV, tirando o Rio de Janeiro, que a disputa é com (Fernando) Gabeira, os outros estados está todo mundo com 1%. Então não é por discriminação, porque não é todo mundo que está com 30% menos nós. Então eu não vou insistir, cobrar. O pessoal da coordenação dela deve ter critérios – que eu discordo – e aí uma explicação: por que Marina, na Bahia, segundo as pesquisas, está com 6% e em São Paulo está com 13%? Porque a maioria das agendas é cumprida em São Paulo. Preferia que não fosse assim, mas também não sou eu que serei o chato e insistente. Acho que nós temos que fazer o nosso trabalho andar. Ela vindo, é bom. Está previsto ela vir em setembro, mas essa data eu nem falo mais, porque já houve uma mudança, então só vou divulgar quando estiver certíssimo.
BN – Inclusive, na primeira e também talvez na segunda semana de campanha na TV e rádio, apareceu uma inserção da Marina em que ela falava em geral “para governador, vote nos candidatos do PV”, e não do nome específico de Luiz Bassuma. E só agora há cerca de duas semanas ela começou a falar o seu nome. Isso também é um desacerto de agendas?
LB – Não sei nem se saiu este programa, porque na primeira semana não tive tempo de ver. O nosso primeiro programa veio editado de São Paulo de maneira errada e quando chegou na Bahia a gente alterou. Porque tínhamos duas imagens: uma dela geral, falando para todos os estados e outra específica. Só que nós tínhamos imagens dela gravadas aqui em Salvador e eles não usaram. Então eu pedi para trocar isso. E não foi ao ar, tem certeza?
BN – Com certeza.
LB – Olha... Porque eu soube que tinha um erro de edição em SP. Para você o nosso nível de recurso, nós não tínhamos dinheiro para editar aqui e mandamos editar em São Paulo. E aí isso virou problema para nós e aí a gente corrigiu. Depois, decidimos fazer aqui. Mesmo com uma qualidade não tão boa, resolvemos fazer aqui até para evitar esse tipo de problema. Não só pela demora, mas também porque lá você não controla a edição. Porque, quando chega aqui a fita, está na hora de tocar.
BN – O PV da Bahia não vai fazer nenhum comício nessa campanha?
LB – Deixa só a Marina confirmar a agenda dela. Porque também tem muita pressão do interior. Não se sabe ela virá aqui para passar um dia ou dois. Como ela já esteve na capital e em Juazeiro, há uma pressão muito forte de Barreiras, Conquista, Itabuna e Ilhéus. Então temos que definir, porque se ela vier para a capital, terá de fazer um comício, mas precisamos saber do dia. A principio, qual seria a idéia? Ela viria para fazer várias atividades, porque ela viria de avião, claro – eu não tenho avião, mas ela tem (risos) – e depois faria um comício em um desses quatro lugares, onde for mais adequado.

"Não sou eu que serei o chato e insistente. Acho que nós temos que fazer o nosso trabalho andar (sobre a ausência de Marina Silva)."
BN – Então só tem comício se Marina vier?
LB – A princípio, sim, porque não estamos marcando comícios, não. Estamos marcando caminhadas. Eu tenho feito comícios individuais. Essa cosia de estrutura grande. Agora, se Marina vier, será preciso fazer um. Mas onde será isso? Aí temos que definir. Deve ser em Barreiras, ou Conquista ou Itabuna.
BN –Até porque ela tem uma condição física muito frágil.
LB – Por isso mesmo é que será um comício. A coordenação de campanha dela já decidiu: ela não tem condições de fazer mais de um comício ou três, quatro atividades desse nível, que demande muita energia. Ao vir à Bahia, ela vaio fazer algumas atividades diferentes, mas comício mesmo só deve ser um. Até por razões econômicas, mesmo. Porque organizar um comício bem feito demanda recursos, então nós também temos sido econômicos nisso.
BN – Caso as pesquisas estejam corretas e Luiz Bassuma não vá ao segundo Turno, como será o seu caminho no PV?
LB – Antes de deixar o PT e entrar no PV para disputar o Governo, eu vinha meditando muito em sair da política. Eu estava muito triste, afinal já são 16 anos de vida pública e chega um hora em que eu me sinto foram do contexto. Porque é um mundo muito difícil de lidar. Acho que você vai saturando, mas depois eu descobri que a minha entrada no PV me fez voltar para o meu nível de responsabilidade. Não que eu seja melhor do que ninguém ou perfeito, mas eu dou o melhor de mim para fazer as coisas bem e acertar. Eu tenho estado muito triste com um câncer que tomou conta de todas as instituições do Brasil e em especial na Bahia: a corrupção. Eu já provei inclusive a corrupção na saúde pública. Não eé uma mera denúncia vazia. Nesta campanha eu voltei a visitar os principais hospitais públicos e vi pessoas que praticamente perderam a esperança de viver por falta de uma saúde adequada e saber que há em uma área como essa tantos desvios, não dá para sair da vida pública. Mas a minha vontade era estar fazendo outras cosias muito mais interessantes do que conviver nesse meio, porque é difícil. Principalmente para quem está na porta estreita, ali. Mas tem que insistir. Se você faz parte disso, qual o melhor lugar para estar se você quer mudar uma cosia como a política? É estando dentro. Ao ingressar no PV e disputar esta eleição, que, reconheço, ser difícil a vitória agora, mas sei que a vitória vai chegar. Eu só não sei o tamanho dela. Pode ser total, pode ser parcial. Mas só pelo fato de nos colocarmos como uma alternativa e acreditarmos nisso, já é um processo vitorioso.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Integrantes do Consciência Brasil manifestam apoio a Marina Silva em Salvador


Militantes da ONG Consciência Brasil estiveram em Salvador, nesta quarta-feira (01) para exibir cartazes em prol da campanha de Marina Silva à Presidência da República.
As sinaleiras das maiores avenidas da capital baiana serviram de acesso para a manifestação contra o atual presidente do senado, José Sarney, o ex-presidente Fernando Collor, e o senador Renan Calheiros, chamados de “raposas aladas” que hoje fazem parte do Governo Lula e que pretendem permanecer caso Dilma seja eleita.
Os cartazes chamam atenção para o valor democratico da alternância de poder e criticam os eternos marajás da política, que nunca saem do cenário eleitoral.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Duarte diz que pesquisa para o Senado o estimula



“Longe de desanimar, os resultados mostram que há um grande espaço aberto para o crescimento da nossa candidatura”. O comentário é do deputado federal Edson Duarte, candidato a senador da Bahia pelo Partido Verde, acerca da pesquisa A Tarde/Vox Populi sobre a Eleição para o Senado divulgada no último domingo (29).
Para o líder da bancada federal do PV, o fato da enquete apontar que 76% dos eleitores baianos estão indecisos com relação ao segundo voto para o Senado e 71% não sabem em quem vão votar para senador na pesquisa espontânea, mostra uma indefinição muito grande com relação ao pleito.
“A eleição está em aberto. E temos certeza que nosso nome é visto muito favoravelmente por parcela significativa do eleitorado, no que se refere ao segundo voto. É uma tendência. Daí, vamos redobrar nossos esforços junto à militância e prefeitos aliados para conquistar o voto dos indecisos”, comentou Duarte.
Ele disse esperar conquistar o eleitorado com as propostas inovadoras do PV nas áreas de Clima e Meio Ambiente, Governança Sustentável, Segurança Humana, Educação Integral, Melhoria de Condições de Vida, Combate à Desertificação entre outros.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Bassuma crê no desejo do eleitor por uma nova Bahia

Bassuma crê no desejo do eleitor por uma nova Bahia

Em entrevista ao apresentador Casemiro Neto, no programa Que Venha o Povo, da TV Aratu, Bassuma (PV) apontou o principal problema na gestão atual, “fazer conchavos políticos para evitar a fiscalização da Assembléia Legislativa e garantir maioria, facilitando a corrupção no Estado”.
O apresentador questionou a posição do Partido Verde nessas eleições, as propostas para a saúde, educação e segurança. Bassuma apresentou os principais projetos do Partido, nos 10 minutos de entrevista e mostrou confiança nos eleitores, que conhecem a Bahia como está em seu dia a dia, e não na propaganda fantasiosa apresentada na mídia.
“O projeto de uma nova Bahia, mais justa, igualitária, humana e plural é o sonho de muitos baianos e vou continuar na disputa pelo segundo turno, e vitória no final das eleições. Sabemos o que acontecem nas pesquisas, sempre são questionáveis como em 2006, que definiu um candidato vitorioso no primeiro turno e deu outro, existem fatos curiosos em toda história política no Brasil, mas o que vale é o melhor para as pessoas do nosso estado”, acrescentou Bassuma.

Marina diz que adversários vivem em 'mundo de ficção' (agestado)


A candidata do PV a presidente da República, Marina Silva, voltou a defender hoje duas mulheres no segundo turno da eleição, em uma referência a uma possível disputa entre ela e sua adversária Dilma Rousseff (PT). "Parece-me que a sociedade quer uma mulher no segundo turno", afirmou, após participar do "Fórum Internacional Sobre o Futuro do Etanol", em Sertãozinho (SP).

"Vamos botar as duas para que, com tempo igual, possam debater e, depois de 500 anos, o Brasil possa decidir qual a mulher que quer ver na Presidência", completou a candidata. Apesar de admitir a ida de Dilma a um possível segundo turno na eleição para presidente, Marina igualou a adversária ao candidato tucano, José Serra (PSDB).

Segundo ela, os dois criaram mundos de ficção, com cores diferentes. "Em um (mundo), tudo é resolvido, é o mundo azul, de Serra". "No mundo da Dilma, está praticamente tudo cor-de-rosa e vai continuar cor-de-rosa", afirmou a candidata. "Serra e Dilma são parecidos, ambos são desenvolvimentistas e têm perfil gerencial". Marina também falou que o País precisa de visão estratégica para saúde, educação e infraestrutura.

Marina usou a cor cinza para exemplificar a situação atual em alguns setores e avaliar o que, na opinião dela, ainda precisa ser melhorado. "Temos a cor cinza da educação em que 40% das crianças não chegam à oitava série, da saúde, com pessoas horas e horas na fila para uma consulta, e ainda com 80% dos assassinatos entre a população jovem destruída pelo crack".

Pesquisa

Mesmo com os resultados desfavoráveis das pesquisas - que a colocam no terceiro lugar e com a possibilidade de Dilma vencer já no primeiro turno - Marina afirmou que na democracia "ninguém pode se entregar à derrota antes do tempo e nem à vitória".

A candidata reafirmou o bordão de que ao eleitor cabe a decisão, para justificar a crença que ainda pode disputar o segundo turno. "Na hora que os brasileiros se depararem com a realidade e saírem desse mundo de fantasia, o eleitor vai começar a ver que o País precisa ter outra atitude em relação ao futuro", disse.

Marina afirmou ainda que os governos dos últimos 16 anos adotaram, "lamentavelmente", discursos e práticas que opõem meio ambiente ao desenvolvimento, "como se as duas coisas não fossem compatíveis", numa referência aos oito anos do governo petista e outros oito do PSDB.

domingo, 29 de agosto de 2010

Marina vê ‘descontrole’ no vazamento de dados fiscais e cobra investigação séria


A candidata do PV à Presidência afirmou neste domingo que é preciso fazer uma investigação séria e punir os responsáveis pelo vazamento de dados fiscais de lideranças do PSDB e de pessoas sem vínculos com partidos políticos.
“Nós não podemos olhar um problema com essa gravidade preocupados apenas com o desgaste eleitoral que poderia ser causado. Os brasileiros todos estão vendo uma situação de vulnerabilidade em um sistema que tem a obrigação legal de proteger o cidadão”, ressaltou Marina Silva.
Em sua visão, a quebra do sigilo fiscal revela uma situação de “descontrole”. Só é possível coagir esse tipo de iniciativa, segundo a candidata, com a aplicação dos mecanismos de controle estabelecidos pela lei, com a transparência no tratamento das questões governamentais e com a punição dos contraventores.
“Onde já se viu mais de 40 pessoas envolvidas na quebra de informações sigilosas que devem ser respeitadas pela legislação brasileira tributária e não se tem uma palavra do Ministério da Fazenda – o ministro da Fazenda – em relação a um caso como esse?”, questionou a presidenciável sobre a falta de atitude do governo.
Ainda em relação à vulnerabilidade das instituições, completou que não se pode ter uma atitude de conivência por ser ou não ser um problema político. “Tem um problema grave acontecendo. Se for político é grave. Se não é político é gravíssimo. É descontrole.”
Fonte: http://www.minhamarina.org.br

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

BASSUMA DEFENDE ENSINO DE POLÍTICA NAS ESCOLAS


O deputado federal Luiz Bassuma (PV), candidato ao Governo do Estado, visitou o colégio público Manoel Novaes, no bairro do Canela, em Salvador, e defendeu no local o ensino de política aos jovens desde a idade escolar. Para ele, é preciso moldar o caráter do cidadão para que as escolhas e a clareza política tenham espaço na vida da população já na idade jovem, para que haja interesse pelos governos e o que fazem para afetar a vida cotidiana. O verde aproveitou para exaltar a atuação dos professores que, mesmo sem que haja esta atribuição em suas obrigações profissionais, se esforçam para dar aos estudantes consciência política. “Os professores que atuam dessa forma, incentivando a participação dos alunos na política é que, mesmo passando por todas as adversidades que eles enfrentam atualmente é que atuam como modificadores sociais são exemplos iguais aos que eu tive na juventude e que fazem a diferença na sociedade”, disse.
Fonte: Bahia Notícias

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Proposta de Rose Bassuma


À frente na onda verde, a pedagoga e artista-plástica, Rose Bassuma entra na caminhada da vitória nas eleições 2010 para Deputada Federal pelo Partido Verde com o slogan: Pelo Verde Pela Vida Por Você.

Propostas de Campanha

1- Qualidade na Gestão da Escola Pública - com valorização dos profissionais da Educação Pública baseada na consolidação dos indicadores de aferição da qualidade da Escola Pública: PISA, IDEB e ENEM.

2- Projetos que visam melhorar o atendimento da Educação Infantil Pública, com ampliação do número de crianças atendidas, diminuição do déficit de vagas e valorização e requalificação dos profissionais da área, propondo cursos de especialização e de atualização dos conhecimentos sobre a Educação.

3- Defender a educação ambiental nas escolas, viabilizando e dinamizando projetos com as comunidades, parceira escola/família.

4- Cursos Profissionalizantes e Técnicos para jovens que saiam do ensino médio, pra um processo de desenvolvimento socializante, com dignidade.

5- Projeto: Aprendendo a aprender projeto de iniciação ao mundo da politécnica para jovens de ambos os sexos, com a formação do Ensino Fundamental completa, utilizando estudos e experimentações na resoluções de situações problemas, voltados para as questões do mundo do trabalho e das demandas da sociedade organizada.

6- Defesa das Políticas Públicas de Reparação e Ações Afirmativas - de Gênero, Raça/Etnia, Faixa Etária, Classe Social e para Pessoas com Deficiência, através de leis e ações que promova a igualdade social de condições e oportunidade para todas as pessoas, partindo do princípio do reconhecimento das características e diferenças individuais que requeiram instrumentos públicos de atendimento, acesso e mobilidade.

7- Casas de acolhimento às mulheres que passam por violência sexual, doméstica, acolhendo física e psicologicamente.

8- Defender a concretização das Delegacias da Mulher e que sejam administradas por mulheres.

9- Implantação dos Centros de Atendimento Psicológico às Mulheres vítimas de violência sexual.

10- Humanização dos Serviços de Saúde Pública – criação de protocolos de atendimento e acompanhamento nos serviços dos postos médicos ambulatoriais e hospitalares, garantindo e normatizando uma abordagem mais solidária e fraterna para a população mais carente do nosso Estado, assim como lutar por melhores condições de trabalho para os profissionais da área de saúde.

11- Políticas públicas de valorização e bem estar para Juventude - criação de espaços de Educação, Diversão e Arte, alicerçada em princípios e valores transdisciplinares, que preconizem uma cultura de paz e crença nas instituições sociais. Instalação de praças da juventude e quadras poliesportivas nos bairros.

12- Cidades Educadoras- políticas públicas de reordenamento espacial com paisagismo e potencialização da distribuição geográfica dos serviços públicos nos bairros, favorecendo o aprendizado cidadão de toda a comunidade através dos mecanismos sociais de contribuição a educação coletiva.

13- Urbanização Verde – propor projetos de lei que exija do poder público a construção de Espaços Verdes de Convivência nos bairros.

14- Fomentar projetos de reciclagem do lixo nas cidades da Bahia.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O Analfabeto Político (Bertolt Brecht)


O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato
e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política,
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais
e multinacionais.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Diretrizes do Programa de Governo do PV


Estamos no século XXI e a Bahia está madura politicamente para entender que o Partido Verde quer o avanço social num modelo que integra o desenvolvimento com uma noção de progresso humanista, mais justo e solidário com as pessoas e com o planeta, movidos por critérios mais evoluídos do que simples crescimento econômico.
Dentro deste enfoque, foi apresentado o Programa de Governo do Partido, criado junto com setores da sociedade e voltada para a realidade do Estado da Bahia, visando à construção de bases sólidas, para ter num futuro oportunidades para desenvolverem suas potencialidades, diminuindo as diferenças sociais, que estão tornando nossa sociedade mais violenta e desumana.
Bassuma e o Partido Verde, junto com a participação do povo, podem mudar essa triste realidade. A urbanização sem planejamento e sem que o Estado proporcione estrutura para a cidadania gerou um grande desequilíbrio na ecologia, que eclode agora em forma de violência social.
Nas áreas marginalizadas economicamente (e negligenciadas pelos poderes públicos), proliferam gangues de traficantes que hoje “parasitam” os trabalhadores destas regiões, impondo-lhes um “poder” paralelo. Por isso, a falta de segurança não é mais uma questão só de polícia, mas sim de Estado, com rebatimento na educação e geração de emprego e renda.
É preciso dar a resposta rápida para os problemas urgentes que a sociedade enfrenta.
Confirmamos o compromisso em dialogar diretamente com a sociedade, pois acreditamos na verdadeira democracia. O Programa de Governo do Partido Verde se mantêm aberto a contribuições para o aperfeiçoamento de um modelo de desenvolvimento econômico ambientalmente sustentável, socialmente justo e eticamente correto.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Querem infantilizar os brasileiros’, afirma Marina em debate da Folha/UOL


Marina Silva, candidata do PV, afirmou em debate realizado pela Folha de S.Paulo e pelo portal UOL que seus adversários na campanha presidencial querem “infantilizar os brasileiros” ao discutir quem é “pai e mãe” de políticas públicas e ao transformar o pleito em uma eleição plebiscitária.
Segundo a senadora, Dilma Rousseff e José Serra (PSDB) não perceberam que o “Brasil mudou”. Não há diferenças significativas entre eles, afirmou Marina. “Ambos são bons gerentes. Ambos são muito bons na esgrima. Mas, infelizmente, não foram capazes de atualizar seus pensamentos em relação aos grandes desafios deste século”, disse a presidenciável.
“Em nome de fazer uma polarização daquilo que não interessa, se esquece daquilo que é relevante para o Brasil”, disse. “A diferença nessas eleições é o projeto que estou representando. Estamos representando uma plataforma que apresenta as melhores diretrizes para saúde, educação e segurança”, afirmou, “um novo acordo social, uma nova visão”.
A candidata defendeu uma Constituinte exclusiva para realizar a reforma política. Lembrou que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso tentaram atingir esse objetivo, mas não conseguiram. “E não foi possível por causa das alianças políticas”, que fazem com que políticos se beneficiem de um processo viciado que contraria os interesses públicos.
Marina Silva disse que a educação é a “prioridade das prioridades” e que é preciso fazer uma revolução no setor. “Vamos fazer em quatro anos pela educação o que não foi feito em 50. O que nós precisamos é sair da lógica do fazer para as pessoas e fazer com as pessoas”.
A senadora defendeu o uso da internet na educação. “Temos que fazer uma profunda reforma da educação no Brasil, para integrar as tecnologias disponíveis, para os alunos aprenderem mais e melhor. Educação de qualidade, que ensine o aluno a aprender a aprender. A internet é fundamental se devidamente utilizada”, disse.
Site: www://minhamarina.org.br

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

REPENTE

Deus Divino Espírito Santo
Dai-me força, inspiração
Pra falar de um candidato
Homem de bom coração
Falo de Milton da natureza
Filho da região.

Milton vá me dizendo
Se tem eleitor ou não
Que é pra nóis fazer campanha
Na redondeza do sertão
Quem não vota pra um homem desse
É só quem não tem coração.

Milton, já estou sabendo
Que você é lapidado
Saiu de vereador
Pra ser um deputado
Eu só peço a Jesus Cristo
Pra o sonho do carequinha ser realizado.

Diz os eleitores a Milton
Que não fique preocupado
Quem confia em Deus do céu
Só vê um bom resultado
Por isso confiamos no Pai eterno
E vamos ganhar estourado.

Milton vou te dizer
Quem confia em Deus não cai
Nas horas da precisão
Chamamos por nosso Pai
Com toda força divina
Nem que saiba no empurrão
Mas pra câmara estadual tu vai.

Também vou te lembrar
Pra tu não esquecer
Pois muitos candidatos
Só querem se eleger
Depois viram as costas para os pobres
E fecha os olhos pra não ver.

Vou bancar minha esperteza
E prestar bem atenção
E ficar de frente a mesa
Quer eles queira ou não
Pois na minha presença
Não vai existir ladrão

Todos os dias estou orando
De frente a todas igrejas
Pra quando tu se eleger
Eu só quero tomar cerveja
E o povo todo gritando
É Milton da natureza!

(repentista do sertão)

Resposta de Marina Silva a Dom Moacyr


Ao amado Dom Moacyr
Por Marina Silva

Li na Folha (22/5) sua afirmação de que sou frágil e não tenho perfil para a Presidência da República. No início, fiquei triste. Já tinha ouvido algo parecido do senhor, de forma carinhosa, mas ler assim como está no jornal tem outro peso.

Refletindo mais, reconciliei-me com sua mensagem..

Quando ando por aí, muitos me dizem que minha luta é de Davi contra Golias. Então vamos conversar sobre passagens bíblicas, que conhecemos bem. Elas se completam e iluminam o que quero dizer.

Quando Saul terminava seu reinado, Deus mandou o sacerdote e profeta Samuel ungir novo rei entre os muitos filhos de Jessé. O profeta procurou entre os mais belos, os mais fortes e os mais habilidosos, mas Deus descartou todos. Jessé lembrou então de Davi, o seu filho mais novo, que pastoreava ovelhas. O profeta o achou muito fraquinho, meio esquisito. Mas Deus ordenou que o ungisse rei dos israelitas, porque olhava para o seu coração, e não para a sua aparência.

Foi assim que Davi foi escolhido para ser rei. E logo provou seu valor ao enfrentar Golias, o gigante filisteu, guerreiro acostumado a usar escudo, capacete e armadura e a manejar a espada. O jovem Davi, aparentemente fraco e sem muito preparo para aquele tipo de duelo, ganhou a luta porque não tentou usar a armadura de Saul, que lhe fora ofertada e nem lhe cabia direito. Usou sua própria arma, a funda, e ali colocou a pedra para jogá-la no lugar certo, na testa do gigante.

Assim como o senhor, dom Moacyr, Samuel era homem corajoso, temente a Deus, preparado para o sacerdócio desde um ano de idade. O senhor é muito importante na minha vida, da mesma forma que Samuel foi na vida de Davi. E está me vendo com olhos cuidadosos, preocupados com circunstâncias que talvez me causem sofrimento. Mas, como sabe por experiência própria, não podemos ficar presos às circunstâncias.

Quando o senhor chegou ao Acre, aos 36, enfrentou os poderosos e ficou do lado de Chico Mendes e de todos os que eram aparentemente fracos e despreparados para enfrentar os gigantes das motosserras.
Como me ensinou, não me intimido com as circunstâncias e procuro me encontrar com o que está no coração de homens e mulheres sinceros, que, como o senhor, buscam fazer o melhor, apesar das dificuldades e riscos.

Aprendi com o senhor boa parte dos valores que me guiam, entre eles não vergar a coluna às pressões dos interesses espúrios.
Por favor, meu amado irmão, não me diga agora que esses valores não servem para governar o Brasil e me fragilizam. Tranquilize-se: eles são e continuarão sendo a minha força e a minha funda diante dos desafios, qualquer que seja o tamanho deles.

"O Senhor vos aumente bênçãos mais e mais, sobre vós e sobre vossos filhos". Salmo 115.14

domingo, 15 de agosto de 2010

Marina propõe adoção nacional das UPPs, a Polícia Pacificadora


A senadora Marina Silva foi à Zonal Sul do Rio esta manhã para inaugurar o comitê central do PV na cidade. Acompanhada pelos candidatos Alfredo Sirkis, Aspásia Camargo e Rogério Rocco, ela defendeu a adoção nacional do projeto das Unidades de Polícia Pacificadora.
Para Marina, boas iniciativas vindas da sociedade e de experiências pontuais de governo devem ser incorporadas em conjunto com uma reforma que atualize a ideia de segurança pública. “Do contrário, não conseguiremos dar escala para essas boas experiências,” argumentou.
A senadora lembrou ainda que o conceito das UPPs foi gerado durante a gestão do sociólogo Luiz Eduardo Soares à frente da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Soares é o coordenador do plano de governo de Marina para a área de segurança.
Marina citou também o Princípio da Justiça Restaurativa como exemplo de experiência positiva que pode ser aproveitado em nível nacional.
Fonte: http://www.minhamarina.org.br

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Bassuma é destaque em primeiro bloco do debate na Bahia


DAVI LEMOS
Direto de Salvador
No primeiro bloco do debate entre candidatos a governador na Band, a pergunta dirigida aos candidatos foi como conciliariam o desenvolvimento econômico ao social. Neste bloco, destacou-se o candidato do PV, Luiz Bassuma, que avaliou que as três áreas principais de ataque do estado estão ruins. "A educação vai mal, a saúde pior e a segurança é um caos", disse.
Ele ainda apontou que quem quiser continuar como está, vota em Jaques Wagner (PT); quem quiser mudar "um pouco", vota em Geddel Vieira Lima (PMDB), pois ambos têm o mesmo candidato a presidente, Dilma Roussef. Quem quiser voltar ao passado, vota em Paulo Souto (DEM), comentou. Bassuma disse que a real possibilidade de mudança seria sua candidatura, descartando também a de Marcos Mendes, do PSOL.
Fonte:http:// notícias.terra.com.br

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

MARINA CITA LULA, FHC E JK COMO ESTRATEGISTAS



Em almoço com empresários promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), a candidata do PV à sucessão presidencial, Marina Silva, defendeu que o sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mais do que um "gerente", seja um "estrategista". No evento em São Paulo, que reuniu cerca de cem pessoas, a presidenciável disse que o próximo presidente deve ter um novo olhar para encarar os desafios e que não existe "salvador da pátria". "O que existem são sujeitos fazendo a transformação que o mundo precisa", afirmou. Marina citou como exemplos de políticos com visão estratégica o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), pela implementação do Plano Real, o presidente Lula, a quem se referiu como "formado pela faculdade da vida", e o ex-presidente Juscelino Kubitschek, pelo plano “desenvolvimentista e industrializador para o país”.
Fonte: Bahia Notícias

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

TRE JULGA PROCEDENTE CANDIDATURA DE BASSUMA





Os juízes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) julgaram na noite desta terça-feira (10) procedente a candidatura de Luiz Bassuma (PV) ao Governo da Bahia. Na semana passada, os juízes indeferiram a candidatura do Partido Verde ao Governo pela suposta falta de documentos necessários para garantir a participação no pleito. Em menos de 12 horas após a informação a coordenação da campanha verde levou ao TRE o protocolo de entrega da 1ª certidão de domicílio eleitoral datado no último dia 20 de julho. Agora, o postulante ao palácio de Ondina, que nesta terça inaugurou o Comitê de Campanha Majoritária, comemora esta etapa com mais força e garra para enfrentar as adversidades subseqüentes de uma campanha eleitoral, começando pelo primeiro debate na Band, que acontece nesta quinta-feira (12). “Existe uma força dentro de nós do PV que é a força do povo baiano, que luta por uma vida mais digna para todos, que trabalha para construir uma Bahia mais humana democrática e plural, com coragem, humildade e esperança. Governar com sustentabilidade, gerar emprego e renda, melhorar a educação, garantir o acesso universal a saúde e o direito de ir e vir com segurança, são princípios básicos de vida que o povo baiano não consegue ter nos dias de hoje e nós do PV estamos trabalhando para termos esse voto de confiança da população e finalmente tornar esse sonho realidade”, afirma.

MARINA SILVA NO JORNAL NACIONAL EM 10.08.2010 (Entrevista na íntegra)


Fátima Bernardes: O Jornal Nacional dá continuidade hoje à série de entrevistas com os principais candidatos à Presidência em que nós abordamos questões polêmicas das candidaturas e o desempenho do candidato em cargos públicos que já tenha ocupado. Também o Bom Dia Brasil e o Jornal da Globo realizarão entrevistas nas próximas semanas. O sorteio, acompanhado por assessores dos partidos, determinou para hoje a presença da candidata do PV, Marina Silva. Boa noite, candidata. Muito obrigada pela presença.

Marina Silva: Boa noite, Fátima.

Fátima Bernardes: Bom. E o nosso tempo de 12 minutos dessa entrevista começa a ser contado a partir de agora. Candidata, a sua atuação na vida pública, como ministra, como senadora, foi especificamente voltada para a área do meio ambiente. A senhora não tem uma experiência administrativa em nenhuma outra área, em nenhum outro setor. Como é que a senhora pretende convencer o eleitor de que a sua candidatura é para valer e que ela não é apenas uma candidatura para marcar posição nessa questão do meio ambiente?

Marina Silva: Em primeiro lugar, Fátima, chamando a atenção da sociedade brasileira para a relevância das coisas que a gente está vivendo hoje, e eu sempre penso da seguinte forma: até 2014, qual será a temperatura da Terra? Até 2014, quantas crianças ainda continuarão sem ter a chance de chegar sequer à oitava série? Até 2014, quantas pessoas serão soterradas pelas enchentes por falta de cuidado? E, até 2014, quantos produtos nós não perderemos em função da falta de infraestrutura? Quantas oportunidades nós não perderemos em função da falta de educação de qualidade? E então...

Fátima Bernardes: Quer dizer que a senhora acha que essa questão do meio ambiente passa por todos esses outros setores?

Marina Silva: Com certeza. A minha candidatura é para agora porque o Brasil não pode esperar. Todas essas questões que eu coloquei agora para você, Fátima, elas são uma emergência, uma emergência para o cidadão que fica na fila esperando horas e horas para poder fazer um exame, uma emergência para a mãe que quer ter dias melhores para o seu filho porque ela já não aguenta mais a vida dura que tem e uma emergência para o Brasil, que tem imensas oportunidades de se desenvolver com justiça social, de melhorar a vida das pessoas.

William Bonner: Agora, candidata, perdoe, a senhora é candidata do Partido Verde e, até este momento, apresenta-se na eleição sem o apoio de nenhum outro partido. Se a senhora não conseguiu apoio para formar uma aliança agora antes da eleição, como é que a senhora vai formar uma base de sustentação para governar o Brasil depois, dentro do Congresso Nacional?

Marina Silva: Olha só, Bonner, eu acho que para mim é até mais fácil, sabe? É mais fácil, pelo seguinte: porque eu fico olhando para a ministra Dilma e para o governador Serra e eles já estão tão comprometidos com as alianças que fizeram que eles só podem repetir mais do mesmo, do mesmo quando foi o governo do presidente Fernando Henrique, que ficou refém do fisiologismo dos Democratas. E o presidente Lula, mesmo com toda a popularidade, acabou ficando refém do fisiologismo do PMDB.

William Bonner: Mas veja o raciocínio, o raciocínio que eu proponho...

Marina Silva: Deixe só eu completar meu raciocínio, por favor...

William Bonner: É que tem a ver com isso...

Marina Silva: Não, eu sei, eu sei, só para que a gente possa concluir. É, então, como eu estou dizendo que, se ganhar, eu quero governar com os melhores e já estou dizendo que é fundamental um diálogo entre o PT e o PSDB, estou dizendo que eu quero governar com a ajuda deles. Então eu vou compor uma base de sustentação já respaldada pela sociedade com essa ideia de que nós temos que acabar com a situação pela situação e com a oposição pela oposição e trabalhando a favor do Brasil. É assim que eu quero trabalhar. É isso o que eu estou dizendo e, pode ter certeza, quem pode estabelecer um ponto de união entre essas forças que não conversam e que nos seus oito anos de oposição ou de situação se confrontaram se chama Marina Silva.

William Bonner: A questão que eu ia colocar é a seguinte: se a senhora não conseguiu formar essa base de apoio agora, depois da eleição, uma base de apoio que se forme depois da eleição, não tem uma tendência maior ao tal fisiologismo que a senhora mesmo está criticando?

Marina Silva: Não tem, não tem...

William Bonner: Uma barganha de cargos federais...

Marina Silva: Não tem, Bonner, não tem. Sabe por quê? Porque existe muita gente boa em todos os partidos.

Fátima Bernardes: A senhora olhando para o seu partido, a senhora considera que o PV, ele tem quadros, olhando para os seus colegas, para governar o Brasil?

Marina Silva: Ele tem alguns quadros. Mas quem foi que disse que para governar você tem que governar apenas com os quadros de seu partido?

Fátima Bernardes: Não, eu estou perguntando porque ainda não há um acordo estabelecendo outras alianças.

Marina Silva: O presidente Lula teve de governar, inclusive, com quadros do PSDB. O PSDB trouxe quadros da socidade, da academia. Eu, quando estava no ministério do Meio Ambiente, por exemplo, eu peguei as melhores pessoas que estavam na academia, que já estavam na gestão pública, que estavam dentro, enfim, de ONGs, sim, mas as pessoas mais competentes. E quando precisei, toda vez que precisei, Bonner, de aprovar leis no Congresso, a Lei de Gestão de Florestas Públicas, por exemplo, fundamental para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, eu consegui aprovar os meus projetos com o apoio de todos os partidos, conversando com todos os partidos. É isso que o Brasil precisa. O Brasil precisa de um olhar que coloque em primeiro lugar as necesssidades dos brasileiros, da saúde, da educação, da segurança pública, da infraestrutura.

William Bonner: Ok.

Marina Silva: O nosso país não pode mais esperar e perder tempo com essa briga que não nos leva a lugar nenhum.

William Bonner: Candidata, vamos falar então... A senhora mencionou a questão, o papel do partido político. A senhora declarou já em algumas entrevistas que deixou o governo Lula e deixou o PT porque discordava da maneira como era conduzida a política ambiental no governo. No entanto, se nós voltarmos no tempo até aquele período do escândalo do mensalão, a senhora não veio a público para fazer uma condenação veemente daquele desvio moral de alguns integrantes do PT. A pergunta que eu lhe faço é a seguinte: o seu silêncio naquela ocasião não pode ser interpretado de uma certa maneira como uma conivência com aqueles desmandos?

Marina Silva: Não, Bonner, não foi conivência, e também não foi silêncio. É que, lamentavelmente, todas as vezes em que eu me pronunciava eu não tinha ninguém para me dar audiência e potencializar a minha voz. Mas eu falava.

William Bonner: A senhora diz dentro do governo?

Marina Silva: Dentro, fora.

William Bonner: Dentro do partido?

Marina Silva: Publicamente, nas palestras que eu dava, eu sempre dizia que aquilo era condenável, que deveria ser investigado, e que deveriam ser punidos todos os que praticaram irregularidades.

William Bonner: Mas, ministra...

Marina Silva: Agora, o que eu dizia sempre, Bonner, era uma coisa, é o seguinte: é que nem todos praticaram erros. E eu não pratiquei. Conheço milhares de pessoas que não praticaram o mesmo erro. E dentro do PT tinha muita gente que combatia junto comigo. Agora, para combater contra a falta de prioridade para as questões ambientais, aí eu era uma minoria. E foi por isso que eu saí. Eu saí porque não encontrava o apoio necessário para as políticas de meio ambiente que façam esse encontro entre desenvolver e proteger as riquezas naturais.

William Bonner: No entanto, o seu desconforto, vamos dizer assim, o seu desconforto ético com o mensalão não foi suficientemente forte para levá-la a deixar o cargo de ministra.

Marina Silva: Foi forte, sim, mas eu sabia que eu estava combatendo por dentro. E que conseguiria ser vitoriosa. Primeiro porque eu não tinha praticado nenhuma irregularidade. Agora, para continuar lutando pelas ideias que eu defendia, isso eu achava que não tinha mais tempo.

William Bonner: E como a senhora analisou...

Marina Silva: Sabe por quê? Porque é possível, Bonner, sabe, juntar as duas coisas. Existe uma ideia dentro do governo, dos demais partidos, na sociedade, que meio ambiente e desenvolvimento são incompatíveis. E eu conheço muitas empresas que já estão fazendo da defesa do meio ambiente uma grande oportunidade para gerar emprego, para gerar melhoria de vida das pessoas. E posso te dizer uma coisa: toda a vez que as pessoas me dizem ‘mas Marina, as pessoas não entendem isso que você está falando’, eu digo: elas entendem sim, entendem, Fátima. Aqui no Rio de Janeiro...

William Bonner: Só uma coisa, candidata.

Marina Silva: ...quando as casas foram...

William Bonner: Candidata, me permita só uma coisa.

Marina Silva: Não, só concluindo Bonner.

William Bonner: Eu peço para interromper porque em nome do público...

Marina Silva: Isso, tá bom, tá bom.

William Bonner: Porque a pergunta que eu lhe dirigia era sobre um momento muito especifico da história e eu queria que a senhora tratasse dessa questão polêmica e não fosse para outro assunto. Eu estou consumindo 30 segundos da entrevista para fazer esse esclarecimento e eu lhe devolverei para a entrevista. Eu só queria que a senhora esclarecesse para mim qual foi e de que maneira a senhora viu a saída de alguns colegas seus então de PT, alguns, inclusive, fundadores do partido, que deixaram o partido indignados na época do mensalão, chorando. Como a senhora viu a ação deles, que não foi a ação que a senhora teve naquela ocasião?

Marina Silva: Bem, eu permaneci no partido e fiquei igualmente indignada. Fiz o combate a minha vida inteira contra a corrupção e acho que a corrupção, Bonner, é o pior câncer da sociedade. E ninguém pode se vangloriar de ser honesto. Para mim, ser honesto é uma condição do indivíduo. Qualquer pessoa, onde quer que ela esteja, ela tem que ser uma pessoa honesta, seja como político, como professor, como dona de casa, como empregada doméstica. A pessoa tem que ser honesta. Agora, naquele momento em que saíram pessoas do Partido dos Trabalhadores, eu permaneci para dar a contribuição que eu achava que ainda poderia dar dentro do governo, mas não por ser conivente. Agora, tem uma coisa que a gente precisa entender: combater a corrupção é uma luta constante. Como é que a gente combate a corrupção? Com transparência, permitindo que as instituições funcionem, o Ministério Público, o Tribunal de Contas, criando ferramentas de controle dentro do próprio governo, não permitindo que as coisas vão primeiro se consolidando antes de você fazer o combate necessário. Você tem que identificar durante o processo e fechar a torneira da corrupção quando ela está acontecendo. É isso que precisa ser feito.

Fátima Bernardes: Candidata, vamos abordar, então, um outro tema. Muita gente do governo e fora dele se queixava de que, durante a sua gestão à frente do Ministério do Meio Ambiente, a liberação de licenças ambientais, elas estavam muito lentas, e que isso, licenças ambientais para obras de infraestrutura, e que isso atrapalhava o desenvolvimento. Como é que a senhora enxergava essas críticas de que essa demora possa ter atrasado essas obras?

Marina Silva: Olha, naquela época até com uma certa naturalidade. Sabe por quê? Porque o ministério estava todo desestruturado e eu tinha que fazer concurso, e eu tive que criar várias diretorias e coordenadorias. Só que, quando nós começamos a arrumar a casa, aumentaram significativamente as licenças. No governo anterior, era uma média de 145 licenças por ano. Na minha gestão, foi de 265 licenças por ano. Agora, uma coisa eu posso te dizer: é possível aperfeiçoar o licenciamento? É possível aperfeiçoar. E com esse aperfeiçoamento você vai viabilizar com mais agilidade, sem perda de qualidade, a infraestrutura do Brasil, que hoje, de fato, está colapsando. Nós temos problemas com os aeroportos, nós temos problemas em relação a estradas, nós temos problemas em relação a energia, tudo isso pode ser oferecido para a sociedade compatibilizando duas coisas: meio ambiente, melhoria da vida das pessoas e o desenvolvimento que o Brasil precisa.

Fátima Bernardes: Quer dizer, nesse caso, a senhora está dizendo que no caso da senhora estando no governo, essa lentidão, ela, por exemplo, não vai provocar esse atraso ainda mais ou agravar ainda mais esses gargalos que a senhora citou, econômicos, e provocar, por exemplo, no setor energético, um risco de um novo apagão por demora na liberação dessas licenças?

Marina Silva: De jeito nenhum. Nós vamos trabalhar com o sentido de urgência que esse país tem para a sua infraestrutura, tanto em aeroportos como na questão da energia, das estradas, tudo o que o Brasil precisa para se desenvolver, Fátima. E vamos fazer isso sem negligenciar os cuidados com o meio ambiente, mas tendo a clareza de que o desenvolvimento do nosso país melhora a vida das pessoas. Sabe como melhora a vida das pessoas? Quando aquela família, que muitas vezes não tem como conseguir um emprego, começa a conseguir um emprego. Quando aquela mãe que não teve uma chance na vida, que é uma mulher pobre, não teve uma chance na vida, ela sabe que, se tiver uma escola melhor, o seu filho pode ter dias melhores. Eu sei o que significa educação, porque foi com a educação que eu consegui entrar pela porta da frente no Brasil.

William Bonner: Candidata, a senhora tem 30 segundos para se dirigir ao eleitor e pedir a ele o seu voto, dando a ele a última mensagem. Por favor.

Marina Silva: Bem, primeiro eu quero agradecer a Deus por estar aqui, porque eu sei que esse país é um país maravilhoso. Só num país como o Brasil, com a democracia que temos, é possível uma pessoa que nasceu lá na Floresta Amazônica, que foi analfabeta até os 16 anos, que teve que passar por várias dificuldades de saúde, pode chegar aqui na condição de se colocar como a primeira mulher de origem humilde para ser presidente da República. Esse Brasil já conseguiu restaurar sua democracia, teve um sociólogo que fez as transformações econômicas, um operário que fez as transformações sociais e eu para fazer as grandes transformações na educação.

William Bonner: Obrigado, candidata. Muito obrigado pela sua participação aqui, ao vivo, no Jornal Nacional.

Marina Silva: Eu é que agradeço.

William Bonner: Quero lembrar que, amanhã, o entrevistado aqui no JN será o candidato do PSDB, José Serra.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Edson Duarte participa de debate na TV Aratu



O deputado federal Edson Duarte, candidato do Partido Verde ao Senado, participa nesta quinta-feira (12) de debate entre candidatos, na TV Aratu, às 11h45. A emissora optou por separar os candidatos em grupos para facilitar a realização do debate. A divisão foi feita através de um sorteio.
Edson vai dividir a bancada com Edvaldo Brito da coligação A Bahia tem Pressa (PMDB, PTB, PR, PSC, PSDC, PMN, PRP, PTdoB, PPS, PRTB, PTC e PTN), José Carlos Aleluia da coligação A Bahia merece mais (DEM e PSDB), Lídice da Mata da coligação Pra Bahia seguir em Frente (PT, PP, PSB, PDT, PCdoB, PRB e PSL) e Zilmar Alverita do PSOL.

domingo, 8 de agosto de 2010

Diretrizes do Programa de Governo do PV


Estamos no século XXI e a Bahia está madura politicamente para entender que o Partido Verde quer o avanço social num modelo que integra o desenvolvimento com uma noção de progresso humanista, mais justo e solidário com as pessoas e com o planeta, movidos por critérios mais evoluídos do que simples crescimento econômico.
Dentro deste enfoque, foi apresentado o Programa de Governo do Partido, criado junto com setores da sociedade e voltada para a realidade do Estado da Bahia, visando à construção de bases sólidas, para ter num futuro oportunidades para desenvolverem suas potencialidades, diminuindo as diferenças sociais, que estão tornando nossa sociedade mais violenta e desumana.
Bassuma e o Partido Verde, junto com a participação do povo, podem mudar essa triste realidade. A urbanização sem planejamento e sem que o Estado proporcione estrutura para a cidadania gerou um grande desequilíbrio na ecologia, que eclode agora em forma de violência social.
Nas áreas marginalizadas economicamente (e negligenciadas pelos poderes públicos), proliferam gangues de traficantes que hoje “parasitam” os trabalhadores destas regiões, impondo-lhes um “poder” paralelo. Por isso, a falta de segurança não é mais uma questão só de polícia, mas sim de Estado, com rebatimento na educação e geração de emprego e renda.
É preciso dar a resposta rápida para os problemas urgentes que a sociedade enfrenta.
Confirmamos o compromisso em dialogar diretamente com a sociedade, pois acreditamos na verdadeira democracia. O Programa de Governo do Partido Verde se mantêm aberto a contribuições para o aperfeiçoamento de um modelo de desenvolvimento econômico ambientalmente sustentável, socialmente justo e eticamente correto.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

‘A saúde não pode esperar’, afirma Marina no primeiro debate entre os presidenciáveis


Leia abaixo as intervenções de Marina Silva durante o debate realizado pela Rede Bandeirantes. Participaram Marina, Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL).

22h – Pergunta feita por Ricardo Boechat: “Entre estes três itens, segurança, educação e saúde, escolha um que atacará imediatamente logo depois da posse e responda quais serão as primeiras providências concretas de seu governo nesse sentido?”

Marina – “Primeiro quero dizer da minha satisfação de estar nesse debate e de poder, entre nós, discutirmos o que pensamos para o Brasil e o que os nossos brasileiros e brasileiras esperam de nós através desse primeiro encontro. Uma das coisas que não se pode separar é, de fato, saúde, educação e segurança. A educação está na base de tudo, porque sem ela acabamos tendo menos segurança, menos saúde, porque a desinformação é responsável pela falta de oportunidades e também responsável por boa parte das doenças que as pessoas são acometidas. Mas é óbvio que vou escolher a saúde para ser uma das primeiras medidas a serem tomadas no meu governo, se Deus quiser. Por que a saúde, nós sabemos, é algo que não pode esperar nenhum momento. Milhões de brasileiros continuam nas filas, milhões de brasileiros continuam esperando meses ou anos para poder marcar um exame. E eu sei o que é ficar na fila como indigente. Eu sei o que é um péssimo atendimento de saúde, porque já tive a oportunidade de vivenciar como indigente as filas dos hospitais lá no Estado do Acre, a falta de atenção com a saúde pública. Algumas coisas melhoraram, melhoraram, mas nós precisamos inclusive dar recursos porque hoje os municípios estão bancando sozinhos a questão da saúde praticamente. Os Estados não repassam o dinheiro, a União não repassa corretamente e a média de repasse dos municípios em recursos já está em torno de 22%. Quando eleita, uma das coisas que vou fazer em relação à saúde é mobilizar o Congresso Nacional, mobilizar prefeitos e governadores para que possamos regulamentar a emenda 29, que até hoje não foi regulamentada e tem levado à morte milhões e milhões de brasileiros”.

22h30 – Marina perguntou para José Serra (PSDB) qual foi a experiência que tirou dos últimos 16 anos, oito dos quais como situação e oito como oposição. Na réplica, a candidata do PV disse que fazia a pergunta por, nos últimos 16 anos, ter tido a felicidade de acompanhar dois grandes partidos, incapazes porém de fazer um realinhamento histórico, de esquecer as divergências e lutar pelo Brasil. “No caso da CPMF, por exemplo, vi um partido que era a favor ser contra, e um que era contra ser a favor. É por isso que tenho feito uma proposta de que, a partir dessa aprendizagem, a gente possa trabalhar juntos pelo Brasil que nós queremos”, afirmou.

23h01 – Em pergunta para Dilma Rousseff, Marina lembrou ter uma ligação visceral com a educação, até por ter se aproveitado da fresta que teve, aos 16 anos, de aprender a ler no Mobral. Lembrou ainda que havia prometido investi atér 7% do PIB em educação e que Dilma havia concorda com a proposta e dito que isso “poderia ser feito imediatamente”. “Como isso pode ser feito imediatamente?, perguntou Marina. Na réplica, a candidata do PV lembrou que o país só investe 5% em educação. É preciso, em sua visão, ter visão estratégica e aumentar os recursos para educação.

23h05 – Dilma pergunta para Marina: “O crack afeta e atinge nossa juventude e destrói as perspectivas de futuro. Qual sua estratégia para enfrentar, combater e derrotar o problema?”

Marina – “O crack é um dos graves problemas que estão afetando nossa juventude. Só no Rio Grande do Sul temos 52 mil pessoas viciadas em crack. Tenho andado por esse Brasil afora e, aonde eu chego, mães desesperadas vêm me dizer que seu filho está completamente viciado. Como se não bastasse, uma pessoa que usa o crack pode ficar viciada em uma única vez. É fundamental que se tenha políticas públicas voltadas para um trabalho integrado entre prefeituras, Estados, sociedade civil e, principalmente, aqueles setores que têm expertise e que trabalhem com amor e respeito para os viciados. Em setembro do ano passado, o Luiz Eduardo Soares havia entregue uma política de combate ao crack. Depois tive a felicidade de ouvir que o governo federal tinha desarquivado essa proposta. Eu disse, fico feliz. Talvez se eu tivesse apresentado, teria virado apenas uma bandeira de campanha. Com felicidade eu digo, que a proposta é muito semelhante à do Luiz Eduardo”.

Na réplica, Marina disse ter insistido que o combate às drogas não pode ser encarado como um problema apenas moral. “É fundamental que se pense essa questão como uma espécie de adoecimento a que a sociedade está submetida. Uma boa parte da juventude está sendo ceifada em função do uso de drogas. É necessário uma política integrada que envolva psicólogos, agentes comunitários, terapeutas e ativades parecidas com a Justiça Restaurativa do Rio Grande do Sul, onde o próprio o Judiciário, em vez de colocar os jovens na cadeia, possa fazer um processo de restauração dos jovens”.

23h15 – Marina perguntou para Plínio que política social faria para o Brasil. A candidata do PV lembrou que as políticas sociais evoluíram, pois o país saiu do “famigerado sacolão” para uma política de transferência de renda que tirou da pobreza 25 milhões de brasileiros. “Isso deve ser mantido por uma questão de direito à vida digna das pessoas”, afirmou Marina. A senadora defendeu a necessidade de programas sociais de terceira geração, que permitam “igualdade de oportunidades, treinamentos, cursos profissionallizante, formação superior”.

23h52 – Joelmir Betting – Na politizada área ambiental, qual deve ser a prioridade. O aquecimento global, o da água, do esgoto ou do lixo.

Marina – “Devo dizer que discordo dessa avaliação veementemente. Essas duas coisas não precisam ser colocadas em oposição. A proteção das árvores, a defesa do meio ambiente e o saneamento básico fazem parte da mesma equação. E nós não podemos adiar em hipótese alguma o cuidado com as nossas crianças, com o tratamento do esgoto que, hoje, cerca de 50% da população não têm acesso a esgoto tratado. Isso também é defesa do meio ambiente. Isso é defesa da saúde pública. Isso requer também uma população e um governo educados para o século 21. Eu não posso concordar que nós tenhamos que viver sempre essa oposição entre meio ambiente e desenvolvimento. Eu venho de um Estado onde aprendi com Chico Mendes, que pagou um preço alto de dar a sua vida para defender o meio ambiente, mas para também defender as crianças da Amazônia, que não têm saneamento básico, que não têm acesso a bens e serviços, que jamais serão prejudicados em função do meio ambiente. Aliás, proteger o meio ambiente é gerar mais empregos, mais educação, ciência, tecnologia e conhecimento e gerar novas oportunidades de trabalho, novas oportunidades para que, na economia no século 21, a gente não fique preso aos velhos paradigmas. Os paradigmas que fazem com que a gente inviabilize o futuro das crianças aqui, agora. Porque continuar jogando 40% do esgoto no rio Pinheiros é acabar com o meio ambiente e destruir a vida da nossas crianças”.

Na réplica, Marina afirmou que “a luta da natureza é uma luta generosa. Ela integra a sociedade. Um capitalista precisa de água potável, terra fértil e ar puro”. “Um trabalhador e a criança pobre lá da favela do Coque, aonde eu conheci o Dado, precisam também.”

24h10 – Nas considerações finais, Marina afirmou:

“Primeiro quero agradecer a Deus por ter chegado até aqui. Quero cumprimentar a Band por este debate. Agradecer a concorrência, o Plínio, a Dilma, o Serra por este esforço que fizemos de nos expor aqui para os brasileiros, a fim de que possam tomar suas decisões conscientemente. Espero sinceramente que isso possa progressivamente ajudá-lo a tomar sua decisão no dia 3 de outubro. E eu queria só fazer um pequeno lembrete: Enganam-se aqueles que pensam que essas eleições serão ganhas pela velha lógica do ‘eu, eu, sei, sei, posso, posso, tenho, tenho’. Essas eleições, eu espero sejam um momento para a gente, sem desconstruir os acertos, sem negarmos as conquistas, inclusive dando a autoria delas. Sejamos capazes de assumir que ainda temos muito o que fazer. Evitando a complacência, sabermos que, na saúde, na educação, na segurança pública, na moradia digna, no cuidado com o meio ambiente, ainda falta muito para fazer. E, principalmente, na educação de qualidade, que gera oportunidades. O nosso país – que já foi capaz de acabar com a lógica do poder pela força, eleger um sociólogo para as transformações econômicas, acabar com o preconceito de classe para eleger o operário, que fez transformações sociais – é capaz de continuar se surpreendendo para eleger a primeira mulher de origem humilde, de raízes amazônicas, mas altamente comprometida com a sociedade. A primeira presidente da República Federativa do Brasil, para que possamos por um fim a situações como vi na favela do Coque, com o menino Dado, um menino inteligente, que ali estava jogado. E eu quero terminar, Dado, fazendo uma homenagem a você:

Havia um pequeno dado jogado por sobre a mesa

Ali nada era certeza, tudo era interrogar

Mas, para minha surpresa, na forma de um colosso

Dado era de carne e osso e sabia até cantar,

Dado, meu pequeno Dado jogado,

Que Plínio, Dilma, Serra ou Marina ajudem a mudar a cena de tantos dados jogados