sexta-feira, 16 de julho de 2010

Marina critica fala de rivais e diz que Dilma e Serra são iguais


SÃO PAULO (Reuters) - A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, criticou nesta quinta-feira seus principais adversários na disputa eleitoral pelo discurso que sugere que o país precisa de um "gerenciador."
"Agora estão querendo convencer que o Brasil precisa de um gerenciador. Eu diria que o Brasil precisa de um estrategista", disse ela em sabatina promovida pelo canal Record News e pelo site R7 em São Paulo.
Durante uma hora e meia, a candidata respondeu a perguntas de jornalistas e de internautas. Declarou ter "respeito e carinho" por José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), líderes das pesquisas de intenção de voto, mas afirmou que ambos são "iguais" em relação às propostas que têm sobre desenvolvimento sustentável.
Ex-ministra do Meio Ambiente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a questão ambiental é uma das principais bandeiras de sua campanha e foi um dos principais assuntos do evento desta tarde. Questionada se aceitaria convite para retornar à pasta caso não se eleger, ela disse já ter dado sua contribuição "com muito orgulho" no Ministério.
Terceira colocada em sondagens de voto, Marina disse que não atacará seus adversários, nem o presidente Lula, mas declarou sua oposição a uma eleição plebiscitária entre tucanos e petistas, como deseja Lula.
"No primeiro turno, a gente vota em quem a gente acredita, em quem a gente gosta."
A candidata, que concorre à Presidência em uma chapa sem alianças com outros partidos, reafirmou que, se eleita, espera governar com PSDB e PT.
"Quero governar com os melhores do PT, do PSDB e do PMDB. O PT achou que podia governar sem conversar com o PSDB, acabou ficando refém do fisiologismo do PMDB, o PSDB ficou refém do fisiologismo do DEM", disse.
Marina afirmou que não poderia prometer realizar as reformas tributária, política e da previdência, que dependem do Congresso, mas ressaltou que "elas são necessárias e precisam ser feitas. O problema é que elas não devem ser fáceis, senão, já teriam sido feitas."
Em outro momento, ela considerou positivo ter duas mulheres concorrendo à Presidência, e que já "está mais do que na hora" de uma mulher ocupar o posto.
Às perguntas do público, respondeu ser contrária à descriminalização da maconha e legalização do aborto, mas propôs plebiscitos para os temas.
Marina disse que nunca fumou maconha ou ingeriu bebida alcoólica. "Só Biotônico Fontoura", brincou, sob risos da plateia.
(Reportagem de Hugo Bachega)

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