terça-feira, 27 de abril de 2010

EDUCAÇÃO É TRATADA COM TOTAL DESCASO PELA PREFEITA E SUA BANCADA NA CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES


Descaso total. É assim que o poder público municipal, tanto o executivo quanto a bancada da prefeita no legislativo trata a educação. Esse descaso se confirma com o tratamento dispensado pela prefeita aos profissionais de educação do município, que estão em greve desde o dia 14 de março e até agora não foram recebidos pela mesma. Os servidores do setor de educação estão reivindicando um reajuste de 20%, enquanto a prefeita só oferece 5%. Além da questão salarial, outros motivos reforçam a necessidade da greve: os professores do Ensino Fundamental I (antigo primário) e da Educação Infantil (Creches e Pré-Escolas) estão com sobrecarga de trabalho, o que compromete a sua saúde e, conseqüentemente, a qualidade da educação; salas superlotadas (para não aumentar a carga horária de professores com 20 horas); falta de cumprimento do acordo para formar comissão para discutir Projeto que visa a maior participação dos servidores em educação na democratização do ensino público municipal, conforme determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional _ LDB, evitando privilégios e perseguições dentro do serviço público; qualidade (e quantidade) da merenda escolar; melhor estrutura para o funcionamento das escolas municipais; material pedagógico para os coordenadores e professores usar em sala de aula e melhor qualidade do transporte escolar.

A responsabilidade dos vereadores da bancada da prefeita para com a educação ficou comprovada na sessão de hoje (27/04/2010) quando os edis: JOSÉ ROBERTO, NOELSON e CLÉRISTON não compareceram e o edil GILDO fugiu da sessão, depois de receber um telefonema. O presidente da Câmara, Antônio Batista, depois de abandonado pelos “mui amigos” encerrou a sessão por falta quorum. Os profissionais de educação, que lotaram as dependências da Câmara de Vereadores, entenderam logo a jogada dos aliados da prefeita e ainda tentaram alcançar o edil fujão que se evadiu do local em desabalada carreira. Além de não terem coragem de votar perante os educadores o projeto de aumento de apenas 5% que a prefeita enviou a Câmara, os edis da bancada de situação não queriam aprovar o requerimento do vereador Milton da Natureza que pedia atendimento ao teto salarial para os profissionais de educação conforme as determinações do Governo Federal através do FUNDEB e uma revisão na Lei de Cargos e Salário do Magistério do município de Jacobina, além de não aprovar a solicitação de uma audiência pública solicitada pela APLB para discutir a Educação do município.

Os professores, após o encerramento da sessão, decidiram aguardar até o final da tarde uma reunião com a prefeita para direcionar os novos rumos do movimento. Todos estão ansiosos para o término da greve, mas isso só ocorrerá se o poder público municipal respeitar a classe, abrindo espaço para o diálogo e atendendo as justas reivindicações.

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