quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
LEGISLATIVO JACOBINENSE: 2009, UM ANO QUE DEVEMOS LAMENTAR.
O ano do legislativo em Jacobina, com novos vereadores renovando parte da câmara parecia que seria melhor do que os anos anteriores. Além de novatos, alguns vereadores são jovens, aparentando que a casa ganharia em vitalidade e coragem.
Ledo engano. Este foi o pior ano do legislativo Jacobinense em décadas. Começou com a tumultuada sessão para eleição do presidente e posterior posse da prefeita eleita. O grupo de vereadores ligados ao DEM arregimentou um batalhão de vândalos embriagados, misturados a cidadãos comuns, para tumultuarem e desmoralizarem a casa do povo.
Pessoas do mais baixo nível de comportamento xingavam e gritavam desde o primeiro momento, regidas por lideranças ligadas à prefeita, de olho em cargos prometidos durante a campanha, tentando tumultuar um local que deveria ser respeitado.
Um batalhão de advogados e candidatos a cargos de confiança trancafiaram um vereador eleito pela oposição num gabinete impedindo que este participasse de reunião com seus pares, garantindo o voto que o mesmo garantira em reunião partidária, mas mudara em reunião secreta, escondida e comprometedora.
A prefeita, em desrespeito ao legislativo, foi ao Juiz solicitar sua posse, não aguardando o resultado do tumulto encomendado por seus correligionários. Depois se soube o porquê da pressa: seus liderados promoveram um quebra-quebra na câmara de Vereadores, assim que foi eleito o presidente da câmara, Antônio Souza, sendo vencido o seu seguidor, Antônio Batista.
Após quatro meses de trabalho o presidente Antônio Souza foi afastado por decisão judicial, onde novamente um poder interfere no outro, por solicitação dos próprios vereadores de situação, que mostravam o claro interesse da gestora municipal em controlar o legislativo.
Assume Antônio Batista e começa o calvário da Câmara de Vereadores de Jacobina. Muda o diretor e demite vários funcionários, sem pagar os direitos trabalhistas. Começa a atrasar as sessões por desconhecer o regimento da casa nem compreender seu rito. Paga almoço para seus aliados com recursos da Câmara. Causa escândalo ao comprar 750 litros de gasolina e colocar a culpa num dos colegas de bancada. Faz contratos milionários de consultorias e prestações de serviços. Submete-se a todos os caprichos do executivo sem discutir nada com os pares, desmoralizando o legislativo jacobinense.
As atas, que devem ser lidas na sessão seguinte, começam a acumular, chegando a serem lidas sete de uma só vez numa única sessão. Erros primários tumultuam as sessões, dificultam os trâmites da casa e prejudicam a imagem do legislativo.
No final do ano o presidente Antônio Batista deu o golpe de misericórdia na paciência dos jacobinenses ao enviar o orçamento anual para o executivo sem que os vereadores tivessem suas emendas apreciadas e votado a Lei Orçamentária e o Plano Plurianual. Disse em sessão, em alto e bom tom, que estava descumprindo a constituição, mas seguindo o regimento da casa que no seu entendimento, era maior que a Carta Magna. Fez tudo que o executivo mandou, sendo subserviente aos interesses de um poder, em detrimento do outro, daquele que ele deveria defender.
Não bastasse ter promovido almoço para seus correligionários com dinheiro da Câmara, ficou devendo, desde maio, a rescisão do contrato de funcionários que ele demitiu quando assumiu a casa, dizendo que faltavam recursos para o pagamento. No finalizar do ano, no dia 23 de dezembro, em pleno clima natalino, chamou os funcionários com quem estava em débito há seis meses e entregou os cheques, deixando alguns de fora (não se sabe o critério para essas escolhas), dentre eles, Wellington Melo, que segundo Antônio Batista, não precisava receber com tanta pressa por ter fonte de renda e que a casa estava sem dinheiro. O ex- servidor não concordou e acabou sendo agredido verbalmente pelo presidente Antônio Batista, que usou de palavras de baixo calão e chamou Wellington Melo para briga, o que só não aconteceu por intervenção da turma do deixa disso. Completamente desequilibrado emocionalmente, além de mal pagador, de desconhecer o regimento da Câmara e de ser absolutamente submisso ao executivo, o atual presidente da Câmara Municipal de Jacobina agora quer ter fama de valentão.
Seus companheiros de bancada em nada acrescentaram para melhorar o desempenho do presidente da casa. Calaram e concordaram com a submissão promovida pelo executivo. O executivo de Jacobina em 2009 foi o pior de muitas décadas, desorganizado, acéfalo, desestruturando a saúde, a cultura, a educação, absolutamente apagado. O legislativo, tendo seu presidente submisso à prefeita, acompanhou o ritmo desta decepcionando também os jacobinenses.
Apenas os vereadores da oposição tentaram remar contra a maré de incompetência e desorganização, dando sinais que ainda nos resta alguma esperança, mesmo com o ruído dos maus. Mais um ano de Batista e Valdice, poderá ser o fundo do poço. Que Deus nos livre desse mal e tenha piedade do jacobinense em 2010.
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